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Os enfermeiros têm menor possibilidade de terem consultado um médico nos 3
meses anteriores ao inquérito quando comparados com os outros profissionais.
Os outros PCS têm, também, menor possibilidade de terem consultado um
médico nos 3 meses que antecederam o inquérito quando comparados com os
outros profissionais.
Os enfermeiros, outros PCS e outros profissionais não são diferentes no que
concerne aos gastos com consultas de urgência ou outras, gastos com
medicamentos ou outros gastos com a saúde nas duas semanas anteriores ao
inquérito.
Conclui-se, também, que os enfermeiros, os outros PCS e os outros
profissionais não diferem no consumo de medicamentos para dormir, no
número de dias de toma destes medicamentos ou nos anos de toma.
Ser enfermeiro comparativamente com ter outra profissão que não dos
cuidados de saúde diminui as chances de ser ex-fumador relativamente a
nunca ter fumado em 42%.
Ser outro PCS que não enfermeiro, e comparativamente com os outros
profissionais, aumenta as chances de ter consumido bebidas alcoólicas na
semana anterior ao inquérito. Quer os enfermeiros quer os outros PCS tendem
a não beber sozinhos, sendo mais frequente beberem em estabelecimentos
comerciais. A percentagem de enfermeiros e outros PCS que ingeria bebidas
alcoólicas antes de conduzir era menos de metade da dos outros profissionais.
Os enfermeiros, outros PCS e outros profissionais não diferiam relativamente à
realização de actividade física pelo menos uma vez por semana.
A grande maioria dos enfermeiros estava a fazer algum método contraceptivo.
A menor percentagem de indivíduos a fazer contracepção verificava-se nos
outros PCS. A vacinação contra a gripe era mais frequente nos enfermeiros.
Por seu lado, a realização de pelo menos uma citologia era mais frequente nos
outros PCS e bastante superior nos enfermeiros e outros PCS do que nos
outros profissionais. O mesmo acontecia relativamente à avaliação da tensão
arterial.
Mortalidade nos enfermeiros e outros PCS entre Junho e Setembro de
2003
Entre Junho e Setembro de 2003 tinham ocorrido mais óbitos em mulheres
enfermeiras do que nos homens com a mesma profissão. Já nos PCS como
um todo, ou naqueles que não eram enfermeiros, existia maior proporção de
mortes de indivíduos do sexo masculino.
Os PCS, considerados como um todo ou separadamente em enfermeiros e
outros PCS, faleciam mais tarde do que os restantes profissionais. No entanto,
para todos os grupos profissionais estudados a maior proporção de óbitos
ocorria depois dos 74 anos de idade.
O mais frequente, em todos os grupos profissionais, era os óbitos de causa
natural, no domicílio.
As duas principais causas de morte não diferiam entre PCS (todos, enfermeiros
ou outros PCS) e outros profissionais, embora se verificassem alterações na
posição (primeira ou segunda) de acordo com o grupo profissional. Já a
terceira principal causa de morte variava entre os grupos estudados: nos PCS
(e nos outros PCS) era as doenças do aparelho respiratório, nos enfermeiros
as doenças do sistema nervoso e nos outros profissionais as doenças do
aparelho circulatório, tumores, sintomas, sinais e resultados anormais de
exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte.
A análise de correspondências múltiplas veio, em parte, confirmar esta
similitude. Permitiu identificar quatro perfis de mortalidade: dois determinados
pelo tipo de óbito, o grupo etário e a causa de morte e dois definidos também