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administrativos;

• Não têm níveis de burnout diferentes dos restantes PCS.

Não se encontraram evidências sobre:

• Ocorrência de infecção por CMV, hepatite A ou C;

• Risco de cancro da mama nas enfermeiras comparativamente com as outras

mulheres não enfermeiras;

• Risco de melanoma cutâneo, risco de cancro do fígado, pulmão, colo do

útero, útero ou leucemia, ocorrência de HTA nos enfermeiros;

• Excesso de mortalidade por hepatite viral, cancro do cólon, cérebro, sistema

nervoso, quedas acidentais ou morte relacionada com drogas nas enfermeiras

em comparação com as mulheres trabalhadoras;

• Diferenças nas taxas de mortalidade por diabetes mellitus das enfermeiras e

das mulheres trabalhadoras de colarinho branco;

• Ocorrência de alergias de origem ocupacional, obesidade, asma de origem

ocupacional, problemas de sono e hábitos de sono, problemas

cardiovasculares, saúde mental dos enfermeiros;

• Ocorrência de ansiedade, stress ou depressão nos enfermeiros;

• Ocorrência de acidentes com corto-perfurantes nos enfermeiros, absentismo

nos enfermeiros, abuso de substâncias e ingestão de bebidas alcoólicas pelos

enfermeiros;

• Prática de vacinação ou de exercício físico, auto-exame da mama, rastreio do

cancro do colo do útero, hábitos tabágicos, consumo de medicamentos, hábitos

alimentares, autopercepção do estado de saúde ou qualidade de vida e bem-

estar dos enfermeiros.

Estudo dos Inquéritos Nacionais de Saúde de 1998/1999 e 2005/2006:

auto-percepção do estado de saúde, morbilidade, utilização dos serviços

de saúde e despesas com a saúde e comportamentos relacionados com a

saúde dos enfermeiros.

Os resultados obtidos em 1998/1999 e em 2005/2006 são bastante

semelhantes. Em 1998/1999, não existia diferença na prevalência de doença

aguda, doença crónica, incapacidade de longa duração ou IMC entre os

enfermeiros, os outros PCS e os outros profissionais, nada levando a supor

que em 2005/2006 os resultados seriam diferentes.

Há, nos enfermeiros e nos outros PCS, um claro predomínio dos indivíduos que

percepcionam a

saúde como muito boa ou boa. Os dados de 1998/1999, demonstram que os

outros profissionais,

quando comparados com os PCS, têm 52% maior possibilidade de

percepcionar o seu estado de saúde como razoável relativamente a

percepcioná-lo como muito bom ou bom. Embora a pontuação média e a

mediana da pontuação do

Mental Health Index

não sugira sofrimento

psicológico provável, os enfermeiros são o grupo profissional com menor

pontuação e, como tal, com saúde mental mais pobre. Tal é, de alguma forma,

confirmado por uma maior prevalência de doença mental nos enfermeiros,

comparativamente com os restantes grupos profissionais.

A realização de consulta de saúde oral nos 12 meses que antecederam o

inquérito é diferente entre enfermeiros e outros profissionais. Os enfermeiros

têm menor possibilidade de ter feito uma consulta de saúde oral nos 12 meses

anteriores ao inquérito comparativamente com os não profissionais dos

cuidados de saúde. Esta diferença encontrada em 1998/1999 provavelmente já

não se verifica em 2005/2006 já que, neste período, a prevalência de consulta

de saúde oral aumentou consideravelmente nos enfermeiros, passando a ser

superior à verificada nos outros PCS.