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e independentes controlando para o efeito das variáveis de potencial

confundimento.

Na análise, os dados com omissão foram considerados eventos aleatórios.

Mortalidade nos enfermeiros e outros PCS entre Junho e Setembro de

2003

Estudo observacional, transversal e analítico.

A população em estudo correspondeu à população residente em Portugal

Continental e Ilhas dos Açores e da Madeira que faleceu entre 1 de Junho e 30

de Setembro de 2003 não tendo sido feita qualquer amostra.

Utilizou-se a base de dados dos certificados de óbitos ocorridos em território

nacional entre 30 de Maio e 30 de Setembro de 2003, fornecida pela Direcção

Geral da Saúde.

O estudo dos dados omissos revelou que estes eram eventos aleatórios pelo

que era possível realizar a análise recorrendo a técnicas de dados completos.

Na análise das variáveis qualitativas nominais foram usadas frequências

absolutas e relativas e moda. A variável quantitativa numérica idade foi

analisada recorrendo à média e mediana, primeiro e terceiro quartil, amplitude

interquartílica e total e desvio padrão, coeficiente de assimetria e curtose.

Realizou-se análise de correspondência múltipla de modo a definir perfis de

mortalidade para os indivíduos falecidos no período em estudo que não tinham

dados com omissão para a profissão.

Calcularam-se as proporções de mortalidade e a razão de mortalidade

proporcional de modo a comparar as proporções de mortalidade observadas e

esperadas por causa e grupo profissional.

RESULTADOS

Revisão sistemática da literatura

Existe

evidência de nível 2+

de que as enfermeiras

• estão em maior risco de desenvolver cancro da mama quando comparadas

com outras profissionais dos cuidados de saúde;

• não têm maior risco de desenvolver doença de Hodgkin;

• não têm um excesso de risco de cancro (independentemente da localização),

cancro do estômago, cólon, recto, pâncreas, ovário, rim, bexiga, cérebro, tiróide

ou linfossarcoma.

Existe

evidência de nível 2-

de que os enfermeiros:

• Os enfermeiros estão entre os grupos profissionais mais afectados por

problemas músculoesqueléticos;

• Os enfermeiros estão mais expostos a agentes patogénicos sanguíneos do

que a restante população;

• Os enfermeiros estão em maior risco de adquirir Tuberculose (TB) quando

comparados com a população em geral;

• Os enfermeiros, quando trabalham em enfermarias com doentes infectados

com TB, têm maior risco de desenvolver TB comparativamente com os que não

trabalham nestas enfermarias;

• As enfermeiras têm um excesso de mortalidade por cancro no geral, leucemia

e cancro do pâncreas quando comparadas com as outras mulheres

trabalhadoras;

• Existe um excesso de mortalidade por suicídio nas enfermeiras e os

enfermeiros sofrem mais acidentes de origem ocupacional que não com corto-

perfurantes do que os restantes PCS (excepto internos) e outros grupos

profissionais.

Existe

evidência de nível 3

de que os enfermeiros;

• Estão mais expostos ao vírus da hepatite B do que os médicos, estudantes de

enfermagem e