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inodora, acima dos 14,4ºC. A densidade populacional diminui com o aumento
dos valores de nitratos e aumenta com a concentração de cálcio na água.
As fezes de animais presentes junto às colecções de água não apresentaram
ovos de
F. hepatica
. Foi encontrado um exemplar de
F. hepatica
no fígado de
um gamo da Tapada Nacional de Mafra (distrito de Lisboa). Estudou-se a
diversidade genética de
L. truncatula
através de RAPD-PCR e sequenciação
do gene ribossomal
18S
e da região
ITS-2
(este também por PCR-RFLP).
Identificou-se pela primeira vez em Portugal continental e na ilha da Madeira
uma espécie, geneticamente diferente mas morfologicamente muito
semelhante a
L. truncatula – Lymnaea schirazensis.
Na ilha da Madeira, foi
detectado um haplotipo distinto do presente no continente. O marcador de
RAPD - OPA2 e PCR-RFLP com
Hpa
II, são bons marcadores para distinção
entre
L. truncatula
e
L. schirazensis
.
Adicionalmente, detectou-se pela primeira vez na ilha da Madeira
L.
(
Pseudosuccinea) columella
, conhecido hospedeiro intermediário de
F.
hepatica
.
Este estudo permitiu melhorar o conhecimento sobre hospedeiros
intermediários de
F. hepatica
em Portugal, o que poderá melhorar o controlo e
monitorização da fasciolose.
LAIRES, Raquel de Sá da Silva (2012) Trypanosoma brucei brucei
peptidase inhibitors Immunolocalization, secrection and
petentiel use as targets for therapy, Dissertação de Doutoramento
no ramo de Ciências Biomédicas, especialidade de Biologia
Celular e Molecular. IHMT. Lisboa.
Resumo: As peptidases encontram-se envolvidas em diversas funções
biológicas possuindo um papel importante na patogenicidade de várias
infecções parasitárias. Em mamíferos, a actividade peptidica é controlada por
inibidores endógenos, como as cistatinas e as serpinas. Os genes que
codificam para inibidores homólogos às cistatinas e serpinas de mamíferos,
encontram-se ausentes do genoma de tripanossomatídeos. A ecotina é uma
proteína de
Escherichia coli
, capaz de inibir uma grande variedade de
peptidases serínicas da família S1A, tais como a tripsina. Existem duas
proteínas do tipo da ecotina em
T. brucei
, ISP1 e ISP2. A ausência de
peptidases sensíveis à acção dos ISPs no genoma de
Trypanosoma brucei
,
sugere que estes tenham como alvo as peptidases serínicas do hospedeiro.
Linhas celulares de
T. brucei
deficientes em ISP1 (
Δisp1
), ISP2 (
Δisp2
) e em
ambos os ISPs (Δ
isp1/2
) foram produzidas com sucesso e a ausência dos
inibidores comprovada com o uso de anticorpos monoclonais específicos
contra o ISP1 e o ISP2, que reconhecem a proteina alvo em extractos de
proteína total de parasitas selvagens mas não em extractos de parasitas
mutantes. O efeito da ausência dos ISPs nas células foi avaliado
in vitro
e
in
vivo
, verificando-se que a delecção individual de cada ISP não produz qualquer
efeito nos parasitas que revelam um crescimento normal em cultura e padrões
de infectividade em murganhos idênticos aos de parasitas selvagens. Em
contraste, os parasitas Δ
isp1/2,
embora possuam um crescimento normal
in
vitro
com ausência de alterações morfológicas grosseiras, são caracterizados
por um alteração na mobilidade e pela acumulação de micro-vesiculas na
região da bolsa flagelar, consistente com um defeito no processo de