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A n a i s d o I HM T
Carden e Alkin) [15], o teórico que ini-
cialmente preconizou que não há ava-
liação sem valores, na medida em que o
trabalho da avaliação consiste em fazer
julgamento de valor acerca do objeto
em estudo. Este ramo subdivide-se em
dois: os objetivistas, segundo os quais
o avaliador tem o papel de avaliar com
valores e os subjectivistas, para quem a
valorização tem de acontecer num con-
texto de compreensão do “significado
subjetivo” da informação da avaliação.
Ao contrário dos objetivistas, estes teó-
ricos não fazem sozinhos o julgamento
de valorização; e
uso
– originalmente
direcionado para a avaliação e tomada
de decisão. Os primeiros teóricos nes-
te ramo informavam os agentes com
poderes para usar a informação, tipica-
mente os que haviam contratado a ava-
liação. Os teóricos que lhes seguiram
alargaram a preocupação do uso para
uma audiência mais ampla bem como
para a capacitação (formação) dentro
das próprias organizações alvo dos pro-
cessos de avaliação.
Os três ramos da árvore não são independentes, mas antes
apresentados de uma forma que reflete o carácter interati-
vo das suas relações mútuas.Cada teórico situa-se na árvore
num ramo que representa a sua ênfase principal entre os
três ramos. A versão revista de 2012 [18] integrou teóri-
cos Norte Americanos, Europeus e Australianos. Carden e
Alkin [15] adicionaram à árvore outras perspetivas de ou-
tras partes do mundo, que se encontram ligadas à árvore
original (Figura 1).
Embora reconhecendo que a teoria no campo da avaliação
é ainda incipiente nos Países de Baixa e Média Renda (
Low
and Midle Income Countries
– LMICs), o volume crescente de
avaliações nestes contextos justifica um primeiro exercício
na definição do que constitui avaliação para o desenvolvi-
mento e revisão da árvore de avaliação.
Os autores [15] realçam o facto de as raízes da avaliação nos
LMICs serem inicialmente as deixadas pelas Organizações
de Ajuda do Norte. Neste sentido, as raízes são institucio-
nais e não independentes e contextualmente garantidas por
uma perspetiva enraizada emMétodos,Valorização ou Uso.
E as abordagens impostas neste processo têm a sua origem
naAmérica do Norte ou na Europa e nos desenvolvimentos
na área da avaliação que aconteceram nesses países e não
nos LMICs. Mas à medida que a avaliação passou a ser usa-
da mais frequentemente nos LMICs e mais localizada, os
preceitos da avaliação (ou “teorias descritivas”) começaram
a refletir os contextos locais. E esta é uma das razões para
os autores admitirem a dificuldade de encontrar teóricos
individuais, porque os esforços de avaliação são coletivos,
cultural e politicamente contextualizados. Por esta razão, as
ligações à árvore original são um misto de teóricos indivi-
duais e contributos coletivos (e.g. 3ie -
International Initiative
for Impact Evaluation
; Mapeamento de Resultados –
Outcome
Mapping;
APRM –
The African Peer Review Mechanism; Citizen
Report Card –
desenhado para melhorar o acesso e desempe-
nho de serviços públicos).
Carden e Alkin [15] salientam ainda a importância de os
analistas da avaliação construírem conhecimento e docu-
mentação mais completos acerca da avaliação de desenvol-
vimento nomeadamente nos LMICs.
Como salientado por Chouinard e Hopson (no número
especial em análise) [2], existe uma distinção entre “meto-
dologias adoptadas” e “metodologias adaptadas” [15]. Em-
bora ambas tenham origem no Ocidente, as “metodologias
adoptadas” representam as abordagens coloniais à avaliação
e são desenhadas para satisfazer as exigências de respon-
sabilização das nações doadoras Ocidentais; as “metodo-
logias adaptadas” têmum foco colaborativo e são elaboradas
para responder às necessidades do contexto local. Carden e
Alkin [15] fazem ainda referência às “metodologias indíge-
nas”, ou seja, as que se desenvolveram no Sul global. Estas
metodologias parecem ser específicas da região e normal-
mente não são partilhadas entre regiões.
Um exemplo das “metodologias adaptadas” é precisamente
a avaliação do desenvolvimento, definida como a avaliação
que “
apoia o desenvolvimento da inovação para orientar a adap-
tação às realidades emergentes e dinâmicas em ambientes comple-
xos
” (Patton 2011 cit in Carden e Alkin 2012: 110) [15].A
Fonte: Adaptado de Carden, Fred e Alkin, Marvin C. (2012). Evaluation Roots: An International Pers-
pective.
Journal of MultiDisciplinary Evaluation,
Vol. 8, Number 17. January 2012, 102-118.
Fig.1 -
Árvore daTeoria da Avaliação – proposta original com teóricos Norte Americanos, Europeus e
Australianos, modificada com contributos do Sul global (individuais e coletivos)
Fonte: Adaptado de Carden, Fred e Alkin, Marvin C. (2012). Evaluation Roots: An International Perspective.
Journal
of MultiDisciplinary Evaluation,
Vol. 8, Number 17. Janua y 2012, 102-118.
Carden e Alkin [15] salientam ainda a importância de os analistas da avaliação construírem
conhecime to e documentação mais complet s acerca da avaliação de desenvolvimento
nomeadamente nos LMICs.
Como sali tado por Chouinard e Hopson (no número especial em análise) [2], existe uma
distinção entr “metodologias adopt das” e “metodol gias adaptadas” [15]. Embora ambas
tenham origem no Ocidente, as “metodologias adoptadas” representam as abordagens
coloniais à avaliação e são desenhadas para satisfazer as exigências de responsabilização das
nações doadoras Ocidentais; as “metodologias adaptadas” têm um foco colaborativo e são
elabor das para responder às neces idades do contexto local. Card n e Alki [15] faz m ainda
referência às “metodologias indígenas”, ou seja, as que se desenvolveram no Sul global. Estas
metodologias parecem ser específicas da região e normalmente não são partilhadas entre
regiões.
Um exemplo das “metodologias adaptadas” é precisamente a avaliação do desenvolvimento,
definida como a avaliação que “
apoia o desenvolvimento da inovação para orientar a
adaptação às realidades emergentes e dinâmicas em ambientes c mplexos
” (Patton 2011 cit in
Uso
Métodos
Valorização
Responsabilização
Social
Alkin
Inquérito
Social
Epistemologia
Fetterman
Preskill
King
Cousins
Chelimsky
Wholey
Boruch
Tyler
Cook
Cronbach
Weiss
Chen
Henry
&Mark
Levin
Greene
Mertens
Eisner
Patton
Stufflebeam
Rossi
Campbell
Lincoln &
Guba
House
Stake
Scriven
MudançasMais
Significativas
Avaliação do
Desenvolvimento
Mapeamentode
Resultados
Wadsworth
APRM
LFA/RBM
Owen
Williams
CitizenReport
Card
3ie
Funnell&
Rodgers
Vedung
Pawson&
Tilley
Carlsson
Wehipeihana
Parlett&Hamilton
MacDonald
RRA/PRA
Sistematização