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S25

A n a i s d o I HM T

2 - Os eixos temáticos do OAPS são: Análise do Processo da Reforma Sanitária

Brasileira no Período 2007 a 2016;Acompanhamento de Iniciativas do Poder Legis-

lativo Federal em Saúde; Acompanhamento das Decisões Judiciais Relativas à Saú-

de; Estudos e Pesquisas em Políticas de Ciência,Tecnologia e Inovação em Saúde;

Estudos e Pesquisas em Atenção Primária e Promoção da Saúde; Trabalho e Edu-

cação na Saúde; Análise de Políticas de Saúde Voltadas para a Infância; Políticas de

Medicamentos, Assistência Farmacêutica eVigilância Sanitária; Análise de Políticas

de Saúde Bucal no Brasil;Análise Sócio-Histórica de Políticas de Saúde; Modelos de

Gestão Hospitalar no Sistema Único de Saúde (SUS); Mídia e Saúde.

3 - Veja-se, nesse particular, a teoria da tradução / translação, presente nos traba-

lhos de Bruno Latour, Michel Callon e outros autores, que problematiza a articu-

lação entre ciência, tecnologia e sociedade. O processo de tradução é fundamental

para a expansão e consolidação da rede sócio-técnica, formada por atores (actantes)

com identidades e interesses próprios, mas que se alinham de maneira crescente (a

partir do alinhamento de objetivos) e à medida em que a rede se consolida.

Fig.1 -

Arquitetura do Observatório de Análise Política em Saúde

(http://www.analisepoliticaemsaude.org/

)

ao tempo em que apre-

senta os resultados da

análise em um formato

e linguagem mais aces-

síveis que as comunica-

ções científicas.

A terceira camada do

OAPS é aquela que

apresenta uma interfa-

ce mais imediata com

o usuário e a partir da

qual ele pode interagir.

Com o apoio de jorna-

listas e profissionais de

webdesigner

, é onde se

opera, de facto, a tra-

dução (ou translação)

da linguagem científica

e metodologicamente

mais hermética, para

uma linguagem orien-

tada principalmente

para o ato de comuni-

car

3

[26, 27]. As cone-

xões nesse nível são es-

tabelecidas através de:

a) notícias - que apre-

sentam e dão um tratamento específico à produção di-

vulgada pelo OAPS; b) textos de usuários do OAPS (so-

bretudo pesquisadores, até o momento) que analisam

e se posicionam frente a eventos ou factos da conjun-

tura, relacionados com as políticas de saúde (na seção

Debates e Pensamentos); c) entrevistas de convidados

do Observatório (em geral, indivíduos pertencentes ao

campo científico, mas com militância política no campo

da Saúde Coletiva); e) vídeos produzidos pelo Observa-

tório (documentários e outros).

Ressalta-se, nesse particular, as características preten-

didas pela comunicação em contexto de jornalismo di-

gital, em que se busca uma interação mútua e colabora-

tiva entre usuário e veículo de comunicação - no caso,

o Observatório [28]. É interessante refletir sobre essa

singular característica da tecnologia da qual se faz uso

no Observatório, pois ela está em sintonia e adequa-se

à perspetiva colaborativa da rede de pesquisadores que

integram o OAPS, rede esta constituída por um con-

junto heterogéneo de docentes e estudantes dos eixos

de pesquisa, com interesses, formas e intensidade de

participação e vinculação diversos, mas que se alinham

em torno dos princípios e objetivos comuns do OAPS.

Pode suspeitar-se, neste caso, que o Observatório re-

plica “para fora” aquilo que experiencia “para dentro”

ou, em outros termos, que o exercício do agir comu-

nicativo [29] na integração (real, mas que se dá através

da realidade virtual) dos pesquisadores, condição que

viabiliza a própria existência do OAPS, tem expressão

no mundo virtual, transcendendo as formas interativas

e colaborativas de comunicação na relação (externa)

entre pesquisador-usuário, relação esta que se dá me-

diante uso de tecnologia digital.

Como bem assinalamTeixeira e Paim [25],

“…

a implantação do site do OAPS (…) representa uma mu-

dança tecnológica que incide sobre a organização do processo

de trabalho da Rede de pesquisa (…) e implicou na defini-

ção de mecanismos de sistematização e difusão de informações

científicas e políticas que ultrapassam o formato tradicional de

artigos em periódicos, capítulos e livros, cujo tempo editorial