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mos pelos usuários (Nova Spivack, 2013). Nos

últimos anos, os avanços tecnológicos e o desen-

volvimento da internet têm conduzido à criação

de diversos aplicativos utilizados principalmente

para facilitar a interação entre as pessoas. Com

isso, a sociedade moderna pôde ser apresentada

aos computadores pessoais, aos

e-mails

, à

web

, ao

comércio eletrónico, aos sistemas de busca, às

tecnologias de rede sem fios, às músicas

on-line

,

aos vídeos

on-line

, aos

smartphones

e às diversas

redes sociais. Hoje a

internet

é uma rede de pes-

soas e comunidades, deixando de ser apenas uma

rede de computadores.

No contexto da evolução da

web

, tem-se a glo-

balização, que já não é um exclusivo das maiores

empresas multinacionais do mundo. Hoje a digi-

talização eliminou muitas das barreiras que im-

pediam que pequenas e médias empresas (PME),

empresários e cidadãos comuns fizessem as suas

conexões com clientes e fornecedores em todo

o mundo. A globalização digital, por exemplo,

tem implicações significativas, principalmente no

que tange às empresas e economias dos países em

desenvolvimento. Nessas nações, as empresas e indiví-

duos podem usar plataformas digitais como uma forma

de superar as restrições nos seus mercados locais. Desta

forma é possível identificar oportunidades, informações

e ideias em qualquer lugar do mundo.

Considerando os aspetos da globalização digital, a lite-

ratura académica destaca-se sobremaneira, com acesso

praticamente instantâneo graças à mídia social e outras

plataformas da

internet

, pois os indivíduos estão-se co-

nectando. Estima-se que quase um bilhão de pessoas

ao redor do mundo são participantes diretos de algu-

ma forma de globalização. Análises do

Facebook, Twitter,

LinkedIn

e

WeChat

, mostram que 914 milhões de pessoas

têm pelo menos uma conexão internacional em uma

plataforma de mídia social.

Pode-se considerar que o desenvolvimento de uma in-

vestigação não é mais linear. A velocidade dessa evolu-

ção tem um ritmo acelerado. O ritmo de mudança de

paradigma, de novas ideias tem sido muito acelerado no

mundo da era do conhecimento. Destaca-se que as pri-

meiras mudanças, embora aparentemente rápidas, leva-

ram anos para se desenvolverem. Exemplifica-se pelo

sequenciamento do HIV que levou 15 anos e o sequen-

ciamento do SARS, que levou somente 21 dias.

Dado o avanço tecnológico em todas as áreas da ciência,

aliado à evolução tecnológica, é mister o tratamento do

grande volume de dados, ainda mais dos dados da área

da saúde, responsável por 47% de toda a informação.

O volume exaustivo de dados, requer que o mesmo

seja organizado e estruturado para o possível subsídio

ao tomador de decisão. Nesse sentido, a utilização de

ferramentas de engenharia de busca e posterior trata-

mento desse volume, como, por exemplo, uma platafor-

ma livre

Carrot Search Lingo4G

®, auxilia sobremaneira o

tratamento dos dados disponíveis (J. Magalhães, Bastos,

& Barroso, 2016). Somente como exemplo, de modo a

estimar-se a quantidade de informação disponível refe-

rente a “

big data

” e “saúde” (

health

em inglês), realizou-

-se inicialmente busca no

Carrot Search Lingo3G

® com o

termo “

big data

”. Foram extraídos 349.000.000 resulta-

dos. Destes, após a mineração, obteve-se os termos mais

“evidentes” no objeto pesquisado (que mais se repetem)

e indexados somente na base

PubMed

e, posteriormente,

segregando os que possuíam o termo “health” no pri-

meiro resultado com o termo “

big data

”, foram obtidos

100

clusters

que possuíam o total de 5.564 documentos

essenciais, classificados de acordo com as principais in-

cidências, como se nota na Figura 1.

Em razão da quantidade crescente de informação adi-

cionada diariamente aos bancos de dados, analisar o es-

tado da arte científica e tecnológica e extrair a infor-

mação essencial para tomada de decisão, torna-se tarefa

quase impossível empregando-se os meios tradicionais.

Nesse âmbito, a tecnologia da informação tem contri-

buído com ferramentas que auxiliam este processo em

qualquer área da ciência. Não obstante, além dos

sof-

twares

pagos (

textmining, datamining

etc.), as ferramen-

tas de acesso livre da

Web

2.0 proporcionam uma opção

para tratar volume de dados para as organizações que

não possuem uma robusta facilidade de aquisição e ma-

nutenção de

softwares

e mecanismos de busca privados

(licenças de uso). Desta forma, ao utilizar mecanismos

de acesso livre, há razoabilidade em obter a informação

Figura 1.

Análise do termo

Big Data

e “Saúde”

Fonte: extraído pelos autores em CarrotLingo4g.

Big Data

e ciência aberta