Suplemento n.º 2 dos Anais 2016

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projeto Análise de Políticas de Saúde no Brasil (2003-2017)
e uma coordenação executiva, apoiada por um grupo opera-
tivo, com a função de desenvolver o projeto, implementar
as ações do observatório e monitorar o seu funcionamento,
subsidiado pelas equipas de comunicação, de tecnologia e
informação, bem como de pesquisadores de referência dos
grupos de pesquisa dos eixos temáticos.
Existe uma preocupação em ampliar o acesso às informações
produzidas pelo OAPS, a fim de democratizar esse conheci-
mento. Na perspetiva de tradução (ou translação) da lingua-
gem científica e metodologicamente mais hermética, para
uma linguagem que pretende alcançar o público mais am-
plo, são produzidos vídeos e entrevistas acessíveis a partir do
site do observatório
oaps/), da página no Facebook .
com/analisepoliticaemsaude) ou no canal doYoutube, além
do Centro de DocumentaçãoVirtual.
Ainda na perspetiva de socialização de conhecimento, o site
do observatório disponibiliza um espaço ao leitor chamado
“Debates e Pensamentos”. Este é um ambiente destinado à
produção de textos por qualquer pessoa, seja ela pesquisa-
dor, representante de entidade, usuários do Observatório,
entre outros, que queira se pronunciar sobre a política de
saúde. O texto tem que obedecer a determinadas regras de
publicação e passa por uma apreciação, antes de ser publi-
cado.
O OAPS está ancorado na universidade, o que facilita a pro-
pagação do seu produto, indo além da instituição. Tem-se a
preocupação com a continuidade após o prazo do edital. É
possível que a ABRASCO assuma essa ancoragem porque é
um projeto amplo que abarca pesquisa, documentação e essa
ideia de modelagem em camadas explora as diversas formas
de linguagem.A perspetiva de organização em redes é funda-
mental, reafirma o princípio da ética, cidadania, democracia
e inclusão social.
Janete Lima de Castro
Universidade Federal Rio Grande do Norte, Brasil
Observatório de Recursos Humanos de Saúde
O Observatório de Recursos Humanos da Universidade Fe-
deral do Rio Grande do Norte (UFRN), sediado no Núcleo
de Estudos em Saúde Coletiva e Departamento de Saúde
Coletiva da UFRN integra a rede Intercontinental Observa-
tório de Recursos Humanos em Saúde, iniciativa da OPAS/
OMS, que atualmente congrega diversos países da região das
Américas e vem se expandindo por África e por regiões do
Mediterrâneo, com o objetivo de monitorar tendências que
repercutem nas políticas de recursos humanos em saúde nos
países abrangidos.
A constituição formal dessa rede deu-se em junho de 1999,
numa reunião realizada pela OPAS/OMS, em Santiago do
Chile. O seu objetivo principal é apoiar o fortalecimento de
politicas de desenvolvimento de recursos humanos no mar-
co dos processos de transformação dos sistemas de saúde.
Na citada reunião, estavam presentes os primeiros países a
aderirem à rede: Brasil, Costa Rica, Equador, El Salvador,
Jamaica. México, Panamá e Peru.
Naquela época, tinha-se o diagnóstico de que as fontes de
informação acerca da força de trabalho eram fragmentadas
e que as decisões relacionadas com a gestão de recursos hu-
manos eram improvisadas tendo impacto direto na gestão do
trabalho em saúde.
Nesse contexto, foi criado o Observatório de Recursos Hu-
manos da UFRN, no ano de 2001. Isso aconteceu a partir
de um convite da OPAS/Brasil e do Ministério da Saúde
do Brasil a um grupo de pesquisadores desta universidade.
O objetivo, traçado na época da sua criação, era promover,
prioritariamente pela internet, a difusão de conhecimentos
e informações na área de política, gestão e capacitação de
pessoal, visando subsidiar as decisões dos dirigentes de re-
cursos humanos e gestores do Sistema Único no Estado do
Rio Grande do Norte.
Atualmente, as atividades do Observatório RH-UFRN têm
como base a atuação da área de Gestão doTrabalho e da Edu-
cação na Saúde do SUS e as linhas de investigação adotadas
estão associadas basicamente a temas como:Trabalho e Saú-
de; Educação e Saúde; História, Memória e CooperaçãoTéc-
nica em Saúde.
As suas atividades caracterizaram-se pela articulação com
instâncias colegiadas do estado do Rio Grande do Norte,
com o órgão nacional de gestão do SUS (Ministério da Saú-
de), com outros observatórios e entidades do setor, além
da interação com a Organização Pan-Americana da Saúde
(OPAS/OMS).
Algumas pesquisas recentes desenvolvidas pelo Observa-
tório de Recursos Humanos foram: “As novas profissões e
ocupações em saúde frente às necessidades do Sistema de
Saúde”, em parceria com a Universidade de Brasília (UNB);
“Diagnóstico das estruturas da gestão do trabalho da educa-
ção na saúde do Sistema Único de Saúde (SUS)”, uma par-
ceria entre o Ministério da Saúde e o Observatório RH da
UFRN.
Outras pesquisas, de âmbito nacional, foram realizadas em
parceria com instituições de ensino superior, tais como a
“Avaliação das Políticas de Educação Permanente do SUS”,
ação coordenada pelo Instituto de Medicina Social.
Outras atividades desenvolvidas pelo Observatório RH/
UFRN foram cursos destinados a gestores e trabalhadores
do SUS. O observatório iniciou a sua atividade de formação
com o curso denominado “Capacitação e Desenvolvimento
de Recursos Humanos” (CADRHU), um processo de forma-
ção que marcou fundamentalmente a atuação do observató-
rio.Atualmente o curso foi ampliado e atualizado em relação
aos conteúdos.Acompanhando os avanços tecnológicos, pas-
sou a ser oferecido na modalidade de educação à distância.
Desde 2011, oferecemos um curso de especialização em
Gestão, meta-avaliação e redes de conhecimento