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A n a i s d o I HM T

Ordem dos Médicos de Portugal desde 2014. De entre

as diversas ofertas de cursos eventuais realçam-se os

que mais recentemente se denominaram de cursos de

apoio ao desenvolvimento.

As alterações introduzidas em 2010 (ver organogra-

ma 3) reduziram o número de UEIs, mas mantendo o

princípio estruturante da autonomia, horizontalidade e

flexibilidade das UEIs do regulamento de 1998

50

. Na

sequência da aprovação de novos estatutos em 2009,

adaptando a organização a reforma do ensino superior

e os novos estatutos da UNL, a investigação fica desde

2010 entregue a quatro UEIs, de microbiologia médi-

ca, clínica das doenças tropicais, parasitologia médica,

e saúde pública internacional e bioestatística (IHMT,

2010).

Com a acreditação do

Centre for Global Health andTropical

Medicine

(GHTM) como centro de I & D pela FCT no

quadro do Plano Horizonte 2020 da EU em 2015, os

centros de I & D então existentes deixam de ter conti-

nuidade (organograma 4). Por conseguinte, o GHTM

integra quase todos os docentes e investigadores do

IHMT. Desde então a organização da atividade científica

fica centrada em três grupos principais, nomeadamen-

te Doenças causadas por vetores; Tuberculose, VIH e

doenças oportunistas; e Saúde das populações, políticas

e serviços saúde. Estes grupos estão integrados em duas

áreas temáticas globais, a saber Saúde de viajantes e mi-

grantes, e Doenças emergentes e mudanças ambientais

(IHMT, 2014. 3).

No que diz respeito ao financiamento do Instituto, houve mu-

danças notáveis ao longo dos anos (ver fig. 1). Um dos pro-

blemas mais recorrentes referidos nos relatórios anuais do

Instituto relaciona-se com a grande dependência do OE, e

as flutuações das verbas disponibilizadas ao longo dos anos.

Esta situação levou à introdução em 1998 de um critério para

o cálculo da verba proveniente do OE para as despesas com

o pessoal (IHMT, 1998: 16/17) e funcionamento associado

ao número de alunos inscritos (IHMT, 2004: 7) que foram

entretanto suspensos no início da crise com as reduções or-

çamentais. No que diz respeito ao destino das verbas, os cus-

tos relativos ao pessoal aumentaram de 68,4% em 1998 para

84,6% em 2008, mantendo-se estável desde então (IHMT,

1998: 57; IHMT, 2009: 175; IHMT, 2012b: 6/7). Enquanto a

maior fatia das receitas para o seu funcionamento provém do

OE e do PIDDAC, a entrada do país na Comunidade Europeia

e a criação de organismos nacionais como a JNICT e a FCT,

aumentaram significativamente as verbas para a investigação

e cooperação (ver fig. 4)

51

. Deste modo se satisfazia uma re-

vindicação de investigadores no que diz respeito à falta de fi-

nanciamento de investigação pelo ministério da tutela através

do OE (IHMT, 1994: 17)

52

. Com o financiamento plurianual

desde 1997, o CMDT e o UPMM consolidaram a sua posição

institucional, além de serem responsáveis pela maior parte dos

projetos de investigação, com destaque para o CMDT, que era

responsável por aproximadamente metade da verba captada.

O número total de projetos em execução do IHMT passou

por um notável aumento, de 31 em 1998 para 35 em 2001,

56 em 2004, 53 em 2007, 81 em 2010, atingindo o pico em

2011 com 92 projetos, diminuindo a seguir até 45 em 2013

(IHMT, 1998, 2001, 2004, 2007, 2010, 2011, 2013)

53

. As

verbas anuais captadas através de financiamento competitivo,

na sua grande maioria associadas a investigação e cooperação,

mostram uma tendência menos linear. Subindo de uma forma

constante de 1997 em diante, com uma percentagem de 7-8%

ao ano (IHMT, 1999: 17), este crescimento continuou no in-

tervalo de 2003 para 2007. De 2007 em diante verifica-se a

estabilização destas receitas (ver fig. 2). No período de 2001

até 2013, se bem que as receitas próprias denotem uma evolu-

ção positiva em termos absolutos e relativos, as verbas obtidas

através do OE (ver fig. 3) também realçam a importância cres-

cente das outras receitas próprias do IHMT

54

.

50- Ver Despacho nº. 10588/2009, in: Diário da República, 2ª série, nº. 79, de

23/4/2009.

51- Devido a sobreposições no que diz respeito as categorias de investigação e coo-

peração, o Instituto deixou de apresentar dados separados a partir de 2013.

52- Até a criação da JNICT, hoje FCT, as verbas destinadas a investigação eram pro-

venientes de programas como STRIDE, do Instituto Português para a Cooperação,

a Fundação Calouste Gulbenkian, e Fundação Luso-Americana para o Desenvolvi-

mento (IHMT, 1994: 17).

53- No que diz respeito ao financiamento competitivo para a actividade de investi-

gação científica, as verbas da FCT representavam 82.12% do total em 2014, e as da

União Europeia 10,89% (IHMT 2014b: 13).

54- As receitas próprias tem origem nas propinas e outras taxas, bens e serviços,

transferências e outras fontes.

Fig. 1:

IHMT - Receitas e Despesas 2001 – 2013

Fonte: IHMT (2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009a, 2010a,

2011a, 2012a, 2013a); IHMT (2009b, 2010b, 2011b, 2012b, 2013b)

Fig. 2:

IHMT – Receitas 2001 – 2013

Fonte: Ibid. Fig. 1