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de medicina tropical
42
. A participação do IHMT em redes
institucionais inclui a Federação Europeia das Sociedades de
Medicina (FESTMIH) – em que, através da ADMT, o IHMT
retém no momento atual a vice-presidência da Direção – e
a Federação Internacional de Sociedades de MedicinaTropi-
cal, em cuja direção têm assento dois professores do IHMT.
O IHMT organizou, em colaboração com a FESTMIH, em
Lisboa, de 8 a 11 de Setembro de 2002, o III Congresso Eu-
ropeu de Medicina Tropical e Saúde Internacional no âmbi-
to das comemorações do seu primeiro centenário (IHMT,
2002: 7/8).
Outras redes em que o Instituto participa ativamente são a
TropEdEurop e aTropNetEurop que deram um impulso im-
portante a cooperação intraeuropeia para a partilha e a cons-
tituição de bases comuns de bioestatística, o intercâmbio de
conhecimento e o desenvolvimento de estratégias preventi-
vas na área da medicina tropical e saúde internacional.Atual-
mente, a rede de TropEdEurop inclui 19 instituições dedi-
cadas ao ensino e a formação na área da medicina tropical
e saúde global na Europa. ATropNetEurop, foi fundada em
1999 por escolas e institutos de medicina tropical para criar
sinergias no que diz respeito a vigilância, aconselhamento e
tratamento de doenças infeciosas importadas no espaço eu-
ropeu. Os relatórios daTropNetEurop sobre a clínica do via-
jante e dos migrantes estão principalmente focados na (re)
introdução de arboviroses, como dengue e chikungunya, de
malária e de schistosomose e dos seus vetores/hospedeiros
intermediários através de pessoas que regressam ou oriundas
de áreas onde estas doenças são endémicas
43
. A importância
crescente de movimentos migratórios para a saúde pública
e o reforço do papel da medicina tropical na elaboração de
políticas e medidas de prevenção intraeuropeias, teve im-
plicações a vários níveis, por exemplo no que diz respeito a
realização de investigação quantitativa e qualitativa de carác-
ter multi- e trans-disciplinar por especialistas do Instituto na
área da saúde pública, saúde internacional, e sistemas de saú-
de, além da intensificação a colaboração institucional entre a
comunidade científica e autoridades sanitárias e serviços de
saúde dos países membros.
3.2. Recursos e redes para investigação e ensino
Se bem que a sua estrutura interna tenha passado por su-
cessivas reformas em 1955, 1967 e 1972 que criaram - e
desfizeram - entidades com responsabilidades de investiga-
ção e de ensino, com estas reformas institucionais, a partir
de 1983 o IHMT ganha maior autonomia ao se tornar num
Instituto integrado da UNL
44
.
Em 1983 o Instituto passou por uma série de reorganizações
internas, que alteraram significativamente as estruturas e o
funcionamento da investigação e do ensino, redesenhados de
acordo com os estatutos da UNL (ver organograma 1). In-
ternamente, o Instituto ficou dividido em três departamen-
tos, nomeadamente de Clínica de Doenças Tropicais, de Pa-
Fonte: IHMT (1994)
IHMT - Organograma 1 (1990)
Fonte: IHMT (1994)
Artigo Original