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A n a i s d o I HM T

rasitologia e de Saúde Pública Tropical

45

. Simultaneamente,

o Instituto manteve a sua colaboração estreita com o antigo

Hospital do Ultramar, agora renomeado Hospital Egas Mo-

niz, através de consultas clínica tropical do próprio IHMT

mas integrado no SNS, através de consultas de Clínica de

Doenças Infectocontagiosas do HEM

46

.

As alterações estatutárias, introduzidos em 1990, permitem

corrigir algumas lacunas na sua organização, por exemplo no

que diz respeito aos departamentos, que constituíam naque-

la altura as unidades chaves do Instituto

47

. Aos departamen-

tos já existentes de clínica das doenças tropicais, de parasi-

tologia, e de saúde pública, acrescenta-se outro em 1990,

nomeadamente de microbiologia (Oliveira, 1991: 8/9;

Abranches, 2004: 179). A entrada em vigor de novos esta-

tutos em 1997 e um novo regulamento interno em 1998

48

(ver organograma 2), levam à constituição de 13 unidades de

investigação e ensino (UEI) criando novas unidades especia-

lizadas em malária, leishmaniose, VIH e DST, e sistemas de

saúde. Estas UEI, operando de forma horizontal com maior

autonomia administrativa e financeira, permitiram integrar

as atividades de investigação com as pedagógicas, obedecen-

do a áreas programáticas (IHMT, 1998: 5/6; IHMT, 1999:

9/10;Abranches, 2004: 213).

As reformas sucessivas também se fizeram sentir no quadro

do ensino ministrado no IHMT. Enquanto o seu primeiro

doutorado em medicina tropical foi atribuído em 1987, em

1995 seguiu o primeiro doutorado em Ciências Biomédicas.

O ano de 1994 viu o aparecimento da oferta do seu primei-

ro curso de mestrado, em parasitologia médica, e em 2003

teve início o curso de mestrado em microbiologia médica.

Em 2005 o Instituto atribuiu o primeiro doutoramento em

saúde internacional, programa que foi criado em 2000. Em

2006 inaugura mais três cursos de mestrado: em saúde e

desenvolvimento, em saúde tropical e em ciências biomé-

dicas

49

.

Além disso, desenvolveram-se colaborações académicas com

a Faculdade de Ciências Médicas, o ISEGI (Instituto Superior

de Estatística e Gestão de Informação), a ENSP e a Faculdade

de Ciências eTecnologia da UNL assim como com a Faculda-

de de Medicina de Lisboa, a Faculdade de Medicina do Porto,

a Universidade do Algarve e da Universidade de Santarém e

o Instituto de Ciências Sociais (ICS-UL). EmAngola o IHMT

tem protocolos de colaboração com o INSP (Instituto de Na-

cional de Saúde Pública), o CEDUMED (Centro de Estudos

Avançados em Educação e Formação Médica), e a Ordem

dos Médicos de Angola. No caso de Moçambique o IHMT

colabora com o Centro de Biotecnologia da Universidade

Eduardo Mondlane, com a Faculdade de Ciências de Saúde

da Universidade Pedagógica, com a Faculdade de Ciências de

Saúde da Universidade Lúrio, e com a Ordem dos Médicos

de Moçambique; e também com a Universidade Zambeze.

Com Cabo Verde, o IHMT colabora com a Universidade de

42 - Na altura o IMT já colaborava com as suas congéneres europeias, na Council of

European Schools and Institutes ofTropical Medicine and Hygiene.

43-Ver

http://www.tropnet.net/

44- Ver DL nº. 64/83, de 22 de Julho 1983, que altera o que ficou estipulado no

DL 59/76, de 24 de Maio de 1976, no qual o Ministério de Assunto Sociais ficou

com a tutela do IHMT.

45-Ver art.º 24º, 2, do DL. Nº. 64/83, de 22 de Julho 1983.

46-Ver art.º 49º, DL. Nº. 64/83, de 22 de Julho 1983.

47- Além dos departamentos, a organização do Instituto com base nos estatutos de

1990 inclui ainda as unidades autónomas de investigação e apoio e a clínica univer-

sitária de medicina tropical.

48- Regulamento Interno, IHMT, Diário da República, II série, nº. 265, 13-11-

1999.

49- Este ensino mais formal tem vindo a ser reforçado com ofertas recorrendo ao

ensino à distância: enquanto em 2010 a oferta em EAD correspondia a zero ECTS,

em 2015 corresponde a 104 ECTS, não incluindo ofertas que não dão direito a

créditos.

Fonte: IHMT (1998, 1999)

IHMT - Organograma 2 (1998)

Fonte: IHMT (1998, 1999)