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destacando-se Angola e Moçambique, com maior número.

Portugal continental e insular contou com a presença de

78 participantes (35%) e os restantes 13.5% provieram de

outros países [16], como podemos verificar por análise do

gráfico 1.

Estes números reflectem, por um lado, a importância da

medicina tropical no espaço ultramarino, o laboratório vivo

por excelência para uma dispersão

patológica significativa, na qual as

doenças tropicais assumiam um pa-

pel de destaque, por outro, a parti-

cipação de uma comunidade médica

nacional metropolitana, para a qual

a medicina tropical não passava de

uma área de especialização que in-

teressava sobretudo aos quadros de

saúde ultramarinos. Finalmente, a

presença estrangeira neste congres-

so, que, embora minoritária, não

deixa de fazer sentido pela sua dis-

persão geográfica (Europa,América

e África) e pelo significativo núme-

ro de participantes provenientes

da Bélgica, aos quais a medicina

tropical portuguesa interessava por

razões de proximidade fronteiriça,

sobretudo em África.

O programa científico do congresso

contemplava quatro secções princi-

pais [17]: a primeira secção dedi-

cada à higiene tropical, presidida

por Francisco Cambournac (1903-

1994); a segunda, à clínica tropical,

presidida por Fernando Simões da

Cruz Ferreira (1912-1977); a ter-

ceira, à microbiologia e Parasitolo-

gia, presidida por Augusto Salazar

Leite (1904-1986); e, a quarta sec-

ção, ao meio indígena, investigação científica, organização

dos serviços de saúde e relações com os serviços de veteri-

nária e agronomia, presidida por António Augusto Esteves

Mendes Correia (1888-1960), director da Escola Superior

Colonial. Foram apresentadas, no total, 254 comunicações

(65 comunicações na I secção; 82 na II secção; 48 na III sec-

ção; e 59 na IV secção).

Fig. 4 e 5 -

Sessão solene de abertura do 1º Congresso Nacional de MedicinaTropical. Na primeira figura discursava AntónioTrigo de Morais; na segunda,

João Fraga de Azevedo (Álbum fotográfico do congresso, Museu IHMT).

Gráfico 1

– Representação da origem geográfica dos participantes no Congresso

2

.

Gráfico 1 – Representação da origem geográfica dos participantes no Congresso

2

Estes números reflectem, por um lado, a importância da medicina tropical no espaço ultramarino, o

laboratório vivo por excelência para uma dispersão patológica significativa, na qual as doenças

tropicais assumiam um papel de destaque, por outro, a participação de uma comunidade médica

r i o 1 – Repr sentação da ori m geográfic dos participantes no Congresso

2

Estes números reflectem, por um lado, a importância da medicina tropical no espaço ultr

laboratório vivo por excelência para uma dispersão patológica significativa, na qual

V Mostra Museológica do IHMT