Table of Contents Table of Contents
Previous Page  52 / 201 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 52 / 201 Next Page
Page Background

clínico dos doentes com leptospirose e na implementação de medidas adequadas

para o controlo desta zoonose.

CARRUJO, Daniela Alves (2014) A satisfação laboral dos enfermeiros

da Unidade Hospitalar de Portimão – Centro Hospitalar do Algarve

perante o actual contexto de crise económica, Dissertação de

Mestrado em Saúde e Desenvolvimento, IHMT, Lisboa.

Introdução:

Perante a atual crise económica portuguesa, existem cada vez mais,

necessidades crescentes em saúde e, ao mesmo tempo, restrições financeiras que

limitam o potencial dos serviços para fortalecer as infraestruturas e a força de

trabalho necessárias. Os enfermeiros são os profissionais de saúde que mais

próximo estão dos doentes, sendo crucial a satisfação e motivação destes, no

trabalho. Contudo, dada a atual crise, os ambientes favoráveis à prática ficam em

risco e cada vez mais, os enfermeiros deparam-se com cortes salariais,

congelamento de contratações, sobrecarga de trabalho, não progressão na carreira,

etc. As consequências da insatisfação laboral são graves, podendo comprometer a

saúde e bem-estar destes profissionais e dos utentes. Assim, urge proceder a uma

avaliação da satisfação laboral dos enfermeiros e identificar os fatores que a

influenciam.

Objetivos:

O objetivo geral deste estudo é avaliar a satisfação laboral dos

enfermeiros da Unidade Hospitalar de Portimão (Centro Hospitalar do Algarve),

perante o atual contexto de crise económica.

Material e Métodos:

Trata-se de um estudo quantitativo, observacional, analítico e

transversal. Foi utilizado um questionário como instrumento de recolha de dados

aplicado a uma amostra aleatória simples de 155 enfermeiros da Unidade Hospitalar

de Portimão, nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2014. Realizou-se análise

estatística descritiva e bivariada dos dados.

Resultados:

No geral, os enfermeiros apresentaram-se insatisfeitos no trabalho,

nomeadamente com as dimensões “benefícios e recompensas” e “promoção”.

Estavam mais satisfeitos com as dimensões “relacionamento com o chefe”,

“contexto de trabalho” e “relacionamento com a equipa”. Não se verificaram relações

entre a satisfação laboral e as variáveis demográficas dos enfermeiros. A categoria

profissional, o tipo de contrato, a modalidade de horário e o trabalhar ou não noutro

local estavam associadas com a satisfação laboral. Também as intenções de

abandono mostraram estar associadas com a satisfação laboral. No entanto, após

controlar para o efeito de potenciais fatores de confundimento, verificou-se que

apenas a intenção de abandono do atual serviço se mantinha associada com a

satisfação laboral.

Conclusão:

A insatisfação laboral sentida pelos enfermeiros deve-se

principalmente, a fatores organizacionais, como os benefícios, recompensas e