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norovírus foram detetados por PCR em tempo real com sonda TaqMan®. A

genotipagem foi realizada por análise filogenética de sequências parciais do gene

do hexão dos adenovírus, e da ORF2 de astrovírus e norovírus.

Nas amostras fecais, foi possível identificar norovírus, adenovírus e astrovírus, com

taxas de deteção de 17% (37/222), 11% (24/222) e 5% (11/222), respetivamente. A

maioria dos norovírus detetados (81%, 30/37) pertencia ao genogrupo GII, sendo os

genótipos mais prevalentes GII.6 (9/30), GII.4 (8/30, incluindo duas variantes

Sydney

2012) e GII.7 (6/30). Os genótipos GII.1, GII.2, GII.3, GII.9, GII.14 e GII.16

foram também identificados. Os norovírus GI foram classificados como GI.3 (5/7) e

GI.5 (1/7). Quanto aos adenovírus, os tipos mais abundantes foram HAdV-41 (7/24),

HAdV-40 (4/24) e HAdV-1 (4/24). Porém, foram igualmente identificados HAdV-2, -5,

-9, -15/-29, -18, -26, -27 e -61. Os astrovírus foram genotipados como HAstV-5 (3/7),

HAstV-1 (2/7) e HAstV-3 (2/7). Para nosso conhecimento, este foi o primeiro estudo

sobre vírus entéricos, para além dos rotavírus, realizado em crianças com GEA em

Angola e revela a presença de norovírus, adenovírus e astrovírus em cerca de um

terço das amostras estudadas. Ainda, os diferentes vírus apresentam uma grande

diversidade de estirpes em circulação, incluindo variantes menos comuns.

ALVES, Gonçalo Nuno da Costa Martins (2014) Ferramentas para o

controlo de formas larvares de

Aedes (Stegomyia) aegypti

(Diptera:

Culicidae) na cidade do Funchal, Dissertação de Mestrado em

Parasitologia Médica, IHMT, Lisboa.

Aedes

(

Stegomyia

)

aegypti

(L. 1762) é na atualidade um dos principais vetores de

dengue, chikungunya e febre-amarela, além de importante agente de incomodidade.

Desde o seu registo na ilha da Madeira, em Outubro de 2005, medidas de controlo

vetorial direcionadas às formas adultas e imaturas, bem como campanhas de

educação para a saúde visando a eliminação dos criadouros larvares, foram

prontamente implementadas. Contudo,

Aedes aegypti

continuou a expandir-se,

colonizando quase toda a costa sul da ilha até 2012. Nesse mesmo ano, foi

registado o primeiro surto de dengue naquela região, com 2168 casos de doença.

As dificuldades associadas ao controlo vetorial, devido à presença de elevados

níveis de resistência a inseticidas na população local de

Aedes aegypti

, a

colonização da costa sul da ilha e o surto de dengue pelo serotipo-1 (DENV-1),

levaram as autoridades locais a procurar novas ferramentas de controlo. Assim, o

objetivo proposto para este estudo foi caracterizar a população de

Aedes aegypti

da

cidade do Funchal quanto à sua sensibilidade a substâncias presumivelmente

larvicidas e avaliar se as mesmas levam a mudanças de comportamento das

fêmeas na seleção de locais de postura, avaliando a sua relevância como futuras

ferramentas de controlo larvar.