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de transmissão do parasita, poderá no futuro ser utilizada para avaliar a eficácia de
campanhas antivetoriais.
FERNANDES, Mariana Rafael (2015) Caracterização da internalização
de fármacos antileishmania e novos compostos por macrófagos
parasitados por
leishmania
spp.. Dissertação de Mestrado em Ciências
Biomédicas, IHMT, Lisboa
Devido às elevadas taxas de morbilidade e mortalidade, a leishmaniose é uma das
doenças parasitárias com maior impacto no Mundo. Um dos problemas associado
ao controlo das leishmanioses é a emergente resistência dos parasitas aos
fármacos usados clinicamente. A resistência de parasitas do género
Leishmania
aos
fármacos clássicos tem sido associada a bombas de efluxo, em particular aos
transportadores ATP-
binding cassette
(ABC) que conferem o fenótipo de MDR
(
multidrug resistance
). Com a eficácia dos fármacos clássicos comprometida, o
desenvolvimento de novos compostos com atividade antileishmania e a terapêutica
combinada parecem ser as melhores estratégias para o tratamento da leishmaniose.
A presente dissertação teve como objetivo principal caracterizar a internalização de
fármacos antileishmania clássicos e de novos compostos por promastigotas e
amastigotas axénicos de diferentes espécies de
Leishmania
e por macrófagos
parasitados, identificando vias e mecanismos que privilegiem a destruição do
parasita pelos fármacos, minimizando em simultâneo, qualquer ação nefasta na
célula hospedeira.O efluxo de diversos inibidores de bombas de efluxo (tioridazina,
promezina, prometazina, verapamil, ortovanadato de sódio e Phe-Arg Beta-
Naphthylamid) foi analisado em macrófagos e parasitas do género
Leishmania
por
um método fluorimétrico semi-automático que quantifica a acumulação de EtBr em
tempo real. Após a análise da toxicidade e eventual atividade antileishmania dos
inibidores de bombas de efluxo (EPI) foi caraterizada
in vitro
a internalização de
fármacos clássicos (antimoniato de meglumina e miltefosina) e de novos compostos
[ácido ursólico, chalcona (CH8), quercetina e a associação de ácido oleanólico e
ácido ursólico] em promastigotas axénicos e macrófagos. Os resultados obtidos
permitiram selecionar o verapamil (VER), ortovanadato de sódio (ORT) e Phe-Arg
Beta-Naphthylamide (PAßN) como possíveis moduladores de bombas de efluxo de
Leishmania
. A taxa de infeção de macrófagos após tratamento com miltefosina,
ácido ursólico, CH8 e quercetina em monoterapia ou em associação com os EPI
selecionados foi também determinada.PAßN modifica a atividade de
transportadores que efluxam substratos, nomeadamente transportadores do tipo
AcrAB em bactérias, potenciando o efeito da terapêutica na maioria dos parasitas do
género
Leishmania
. Por sua vez, o VER estabelece relações de sinergia com os
compostos através da modulação de bombas Pgp. Porém, as funções do ORT
podem ser alteradas por outros compostos, como a quercetina, apresentando