amostra não foi possível identificar o genótipo. Dentro da mesma escola as crianças
infectadas apresentaram o mesmo genótipo de
Giardia.
O espectro de
manifestações clínicas variou entre flatulência, diarreia aguda, anorexia, dor
abdominal recorrente e distensão abdominal, não se conseguindo correlacionar com
a variabilidade genética da
Giardia duodenalis
encontrada
.
Uma das tinha má
progressão ponderal. Todas as crianças infectadas foram tratadas com
metronidazol, sem efeitos adversos conhecidos, e o controlo, efectuado duas
semanas depois, foi negativo.
Em todas as escolas foram realizadas acções de formação de Educação para a
Saúde para as crianças, pais, educadores e funcionários das escolas incluídas no
estudo, sobre a temática em estudo.
Este estudo contribuiu para um melhor conhecimento epidemiológico da giardíase
em Portugal.
BEJA, André (2011) Problemas de saúde nos países desenvolvidos e
planeamento estratégico: evolução das políticas e estratégias de
prevenção e combate à pré-obesidade e obesidade infantil e dos
jovens em Portugal, Dissertação de Mestrado em Saúde e
Desenvolvimento, IHMT, Lisboa
Resumo:
A obesidade é uma doença crónica e constitui um factor de risco para
outras patologias, como a diabetes ou as doenças cardiovasculares, contribuindo
para a diminuição da qualidade de vida de adultos, crianças e jovens, e para o
aumento dos custos directos e indirectos com a saúde. Entre as suas múltiplas
causas, destacam-se as mudanças comportamentais, nomeadamente as alterações
ao padrão alimentar e a diminuição da actividade física, que resultam num balanço
energético positivo.
A pré-obesidade e obesidade são um grave problema de saúde nos países
desenvolvidos e em desenvolvimento, sendo consideradas como epidemia global e
um dos maiores desafios da saúde pública do início do século XXI. Verifica-se que a
obesidade tem efeitos negativos imediatos na saúde individual dos mais jovens,
aumentando-lhes também o risco de obesidade e suas co-morbilidades na idade
adulta. O crescimento do problema entre crianças e jovens, bem como uma maior
facilidade na introdução de mudança aos seus comportamentos, está na base de
recomendações para que seja dada prioridade à prevenção e combate à pré-
obesidade e obesidade nestas faixas etárias. Em Portugal, diversos estudos indicam
o agravar do problema entre a população, sendo a prevalência entre crianças e
jovens uma das mais ao nível europeu. Este facto, associado aos custos individuais,
sociais e económicos da doença, constitui um foco de interesse para quem estuda a
evolução dos sistemas de saúde.