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Os antigénios totais das duas espécies de
Fasciola
apresentaram a mesma
sensibilidade (100%), mas a especificidade foi superior para o antigénio total de
F.
gigantica
(95,2%), na detecção de IgG. À semelhança dos antigénios totais, os
deslipidizados demonstraram uma sensibilidade de 100%. Contudo, a especificidade
foi superior (95,2%) quando se utilizou o antigénio deslipidizado de
F. hepatica
em
relação à obtida com
F. gigantica
, cujo valor foi de 90,5%. Quanto à detecção de
IgM anti-
Fasciola,
os valores de sensibilidade e especificidade foram de 97% e
90,5%, respectivamente, para os antigénios totais dos dois parasitas. Na pesquisa
de IgM anti-parasita, as sensibilidades foram 94% e 83% para os antigénios
deslipidizados de
F. gigantica
e
F. hepatica
, respectivamente, com uma
especificidade de 90,5% para ambos os antigénios deslipidizados.
No
Immunobloting
, a fracção antigénica de 24 kDa foi comum nas quatro
preparações antigénicas, quer para IgM quer para IgG anti-
Fasciola
, pelo que a sua
caracterização poderá ser relevante para o desenvolvimento de métodos com maior
especificidade e reprodutibilidade, melhorando significativamente o diagnóstico. A
banda de 26 kDa, presente apenas no antigénio total de
F. gigantica
, parece ser
específica deste parasita. Este facto leva-nos a concluir que esta banda poderá ser
objecto de mais estudos, no sentido de vir a ter-se um diagnóstico diferencial entre
as duas espécies de
Fasciola
.
AMARAL, Ana Marta (2011) Contributos para o planeamento de uma
política de Recursos Humanos da Saúde para Moçambique – Análise
de situação sobre os processos de gestão e o que deve ser
contemplado num Plano de Desenvolvimento dos Recursos Humanos
da Saúde em Moçambique segundo um grupo de responsáveis pela
gestão de nível provincial, Dissertação de Mestrado em Saúde e
Desenvolvimento, IHMT, Lisboa
Resumo:
Esta tese é sobre os Recursos Humanos da Saúde (RHS) em
Moçambique, sem os quais não é possível haver prestação de cuidados de saúde.
Moçambique gasta a maioria do seu Produto Interno Bruto (PIB) na saúde pública (4
por cento), mas apesar de ter registado melhorias significativas dos seus
indicadores de saúde nos últimos anos (OMS, 2010), continua a enfrentar o desafio
de um Sistema de Saúde (SS) debilitado (MSF, 2007), com fraca capacidade de
resposta às necessidades de saúde da população. Actualmente a atenção do
Governo moçambicano centra-se na expansão, fortalecimento e melhoria do Serviço
Nacional de Saúde (SNS), mas os problemas existentes com os RHS continuam a
ser a maior barreira para alcançar estes objectivos (OMS, 2010). O SS enfrenta
problemas de densidade, distribuição e desempenho destes recursos (Ferrinho &
Omar, 2006).