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S44

Artigo Original

refere a solidariedade com demais grupos no que concerne

ao surgimento de liderança, linhas de pesquisa e instalação

ou fortalecimento de programas em áreas carentes em ter-

mos de produção científica em tecnológica.

Há ainda uma preocupação além é claro da formação de

recursos humanos, avanço científico, que as áreas em que

tais pesquisadores estão alocados se desenvolvam; que haja

desenvolvimento de uma massa crítica em termos da reali-

dade que hoje elas enfrentam e que atrelado a grandes gru-

pos se desenvolvam.

Seguramente essa forma de trabalho e de cooperação tem

levado de uma certa forma uma progressão científica e

tecnológica em áreas antes tidas como remotas, o que é

um ponto muito positivo para equidade de pesquisas em

Saúde Pública. A conformação dos grupos em Redes na-

cionais como a REDE-TB e outras Redes Colaborativas,

é um componente interessante pois dá visibilidade social

às pesquisas produzidas pelo grupo. Essa forma ainda de

organização tem propiciado financiamento para pesquisas

preocupadas com questões de Saúde Pública; embora as

pesquisas experimentais tenham sido priorizadas nos prin-

cipais editais no âmbito nacional; a conjunção em Redes de

Pesquisa tem forçado às agências a repensar sobre às priori-

dades em pesquisa, não somente do ponto de vista da ino-

vação tecnológica (tecnologia de novos fármacos, métodos

diagnósticos, entre outros) mas pesquisas direccionadas a

melhor organização dos serviços no sentido de produção

da equidade e da justiça social. Porque há um pensamento,

e isso parece ser um consenso nas REDE, do que adianta a

descoberta de novos insumos tecnológicos, se o sistema não

é ou está organizado para tais insumos cheguem as popula-

ções que mais carecem deles.

Exemplos de investigação equitativa

em Portugal

O IHMT, criado em 1911 com o objetivo de desenvolver

investigação e intervenções de Saúde Pública nos trópicos,

vem desde essa altura a cooperar com as comunidades lo-

cais para promover a saúde nos trópicos.

Neste sentido a equidade em investigação de Saúde Pública

tem sido uma aposta, que integra as intervenções, a inves-

tigação e a educação dos estudantes. Como, exemplo para-

digmático todos os estudos demestrado e de doutoramento

são submetidos obrigatoriamente à comissão de ética.

De entre os vários exemplos possíveis ir-se-á debruçar em

quatro casos específicos:

- Capacitação de Gestores de RH da Saúde para os Ministé-

rios da Saúde dos PALOP (projeto europeu);

- Desenvolvimento de serviços de telemedicina nos PA-

LOP;

- Implementação de boas práticas de gestão de antibióticos

em Portugal e nos PALOP (projeto EEA Grants);

a) Capacitação de Gestores de RH da Saúde para

os Ministérios da Saúde dos PALOP

(projeto eu-

ropeu);

I.

Contexto, objetivos do projeto de investigação e Par-

ceiros envolvidos;

Capacitação de gestores de RH dos ministérios da Saúde

dos PALOP. Financiamento da EU, no âmbito de um pro-

grama co-financiado pelo Programa PADRHS da União

Europeia (PIR-PALOP). Contou com a participação de

outros parceiros como a OMS, os Ministérios da Saúde dos

PALOP, IHMT e UERJ (Brasil). O programa FORGEST

visou formar interessados nos problemas de gestão de re-

cursos humanos em saúde (e intervenções de controlo) nos

PALOP.

Os objetivos do FORGEST são muito claros: desenvolver o

conhecimento multidisciplinar, introdução à investigação e

análise crítica,para gestores preocupados comos problemas

de gestão de Recursos Humanos em saúde nos PALOP.

Pretendeu-se que o programa fosse estendido e promovido

nos PALOP, o que está mesmo a acontecer em alguns casos:

Moçambique,Angola e CaboVerde.

Este programa teve além da coordenação do IHMT e da

parceria com a Universidade do Estado Rio de Janeiro (Bra-

sil) e da Organização Mundial de Saúde, a colaboração dos

vários Ministérios da Saúde dos PALOP na identificação de

candidatos e na promoção dos seus projetos.

II.

Como o projeto contribuiu para aumentar a capacida-

de de investigação dos países em desenvolvimento, ou dos

parceiros com os quais se faz investigação;

Rácio aproximado de 14 docentes para 21 alunos. Este pro-

grama formou 6 profissionais do Ministério de Saúde de

Angola, 6 de Moçambique, 3 de Guiné-Bissau, 3 de Cabo

Verde, 2 de SãoTomé e Príncipe e 1 deTimor Leste. Des-

tes 21, 12 alunos (57%) propuseram-se e 11 conseguiram

completar o 2º ciclo de Mestrado em Saúde e Desenvolvi-

mento (MSD).

Com uma estrutura de 3 módulos (semestrais) e com

apoio de “elearning” e vídeo-conferência responde aos

objetivos, embora os conteúdos e metodologia docente

de algumas UC’s necessite maior integração e o elear-

ning melhorado. Houve um esforço maior na UC de

seminário para suportar aspetos de formação de forma-

dores em gestão de RH para a Saúde pois pretendia-se

que os alunos viessem a promover como formadores

um cursos semelhante nos seus países, bem como é es-

perado que cada grupo de alunos por País desenvolva e

apresente o plano nacional de RH (com apoio do Mi-

nistério da Saúde dos seus Países). Tratando-se de um

curso de gestão de RH para a Saúde, a interdisciplinari-

dade foi grande, para promover a procura de soluções

que possam responder à diversidade dos problemas e

aos vários determinantes da saúde, do desempenho dos