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Artigo Original
evidências de parcerias equitativas”. Não visa “avaliar”,
“julgar” ou “certificar” – pelo menos não por agora.
Ao invés, o RFI visa:
Colocar as instituições participantes, corporações, fi-
nanciadores, governos e outros stakeholders a par das
várias publicações, guias, ferramentas de contratação e
acordos globais existentes acerca de como construir e
manter colaborações de investigação equitativas e efica-
zes que contribuam para a saúde, equidade e desenvol-
vimento globais.
A validação irá incluir uma análise se a sua instituição
usa guias existentes, ou se pelo menos os considerou e
encontrou melhores formas de lidar com assuntos cha-
ve na gestão das parcerias de investigação.
ii. O RFI requer às instituições que explicitem como
é que lidam com assuntos chave abordados nos domí-
nios / tópicos / indicadores do relatório do RFI. O
objetivo é criar transpa-
rência, responsabilidade
e uma base global de in-
formação acerca do que
funciona ou não. Com-
pletar o relatório RFI é
outro critério chave para
a validação.
É necessário o preen-
chimento de todos os
indicadores do RFI.
Apesar de ser evidente
que muitas instituições
de investigação ain-
da não desenvolveram
enunciados ou políticas
específicas ou ainda não
padronizaram as suas
próprias práticas em
relação a todos os 45
indicadores, completar
o relatório RFI irá per-
mitir à sua instituição
identificar lacunas fun-
damentais. Subsequen-
temente, o relatório
RFI ira pedir-lhe que
indique como irá lidar
com essas lacunas nos
próximos 2 anos.
O relatório RFI para
a sua instituição é pu-
blicado como parte do
processo geral da aná-
lise institucional ou
corporativa. Não é um
documento produzido pelo gabinete de Responsabi-
lidade Corporativa Social, ou uma declaração emi-
tida por um funcionário ou gestor de projetos – o
RFI é parte da análise corporativa geral, e publicado
como tal.
Um relatório RFI poderia, neste caso, ser visto como
um “relatório constitucional ou ético sobre o valor
social na investigação” – ou qualquer outro termo que
se adeque ao ambiente específico da instituição. Em
qualquer dos casos, o relatório RFI deve ser conside-
rado como um relatório suplementar a estes relató-
rios anuais – como parte do Portfólio de relatórios.
Dada a natureza dos assuntos contemplados pelo RFI,
é perfeitamente razoável produzir um relatório RFI
apenas de dois em dois anos. Este é o período de vali-
dação máximo fornecido pela equipa RFI.
Neste momento, existem três critérios fundamentais
para a validação:
Relatório Institucional Interno
Relatório Institucional Externo
É produzido, revisto e editado pela equipa institucional
do relatório RFI.
É revisto e validado pelo Secretariado do RFI /
Equipa RFI do COHRED.
É um documento interno da instituição, que pode ser
circulado para gerar ação no seio da instituição.
É publicado pela Instituição para comunicação
externa como parte da sua Análise Corporativa e
tornado público através do PortalWeb do RFI.
É totalmente revisto pelo menos a cada dois anos,
enquanto a monitorização do progresso é levada a
cabo regularmente como parte da análise executiva.
Pode ser usado, editado e melhorado internamente tão
frequentemente como necessário para o desenvolvimento
da instituição.
É comentado pelo público e por outras organizações
participantes com feedback.
Consciencializa o staff e cria uma cultura corporativa de
equidade nas colaborações de investigação.
A validação e uso do Logo RFI é autorizada por um
período máximo de 2 anos.
Cria a oportunidade para sinergias e objetivos comuns
entre divisões, equipas, departamentos e unidades de I&D
– gerando maior eficiência e impacto.
Aumenta a consciência nos parceiros atuais e futuros,
financiadores e o público em geral sobre os valores,
políticas e práticas da sua organização.
Apoia o desenvolvimento de uma cultura interna de
resolução de problemas e planeamento através da procura
de respostas para os indicadores RFI, que requerem à
instituição o fornecimento de soluções para problemas
existentes.
Cria transparência e pode distinguir a sua instituição
de outras organizações similares, criando uma
potencial vantagem competitiva para atrair staff,
parceiros e financiamento.
Cria uma base interna de evidências para criar e manter
as colaborações de investigação e parcerias mais eficazes.
Fornece muitas oportunidades para resultados
comparativos com outras instituições e providencia
acesso institucional às práticas e políticas de outras
instituições que podem ser usadas como modelos a
seguir, estudos de caso e inspiração.
Ajuda a criar a evidência global acerca do que
constituem parcerias de investigação de alta
qualidade, equitativas e eficazes que podem
ter um impacto na saúde global, equidade e
desenvolvimento.
Tabela 1
-Sumário e Comparação do relatório RFI interno e externo