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S13

A n a i s d o I HM T

Tendo em conta as origens do COHRED, o RFI foi

criado com o objetivo de melhorar a saúde, equidade

e desenvolvimento globais. No entanto, com pequenas

modificações, também é perfeitamente adequado para

ser usado em outras áreas de colaboração em ciência.

Como viemos a descobrir, melhorar a equidade é tam-

bém uma vantagem estratégica em centros de pesquisa,

instituições e corporações, tendo como pressuposto

que uma maior equidade resulta em maior eficiência,

parcerias duradoras, menos conflitos, maior entendi-

mento e menos riscos com a reputação institucional. O

RFI é, dessa forma, de relevo para todos os agentes en-

volvidos em colaborações de investigação em qualquer

parte do mundo, independentemente da sua duração –

apesar de o objetivo ser inicialmente aumentar a capa-

cidade de investigação e inovação de países de baixo e

médio rendimento. O seu impacto geral deve resultar

em práticas de investigação e sistemas de inovação mais

eficazes em todos os países do mundo, de forma a lidar

com os importantes desafios de desenvolvimento e saú-

de ao nível local, regional e global, agora e no futuro.

O Guia de Implementação do RFI

O Guia de Implementação Institucional do RFI foi de-

senvolvido de forma a facilitar a tarefa a qualquer par-

ceiro de investigação para este começar a produzir um

relatório RFI anual ou bienal. Assim que a “instituição”

– através da qual se entende qualquer corporação, or-

ganização de investigação ou académica, financiadores

ou departamentos governamentais – decidir que o RFI

deve tornar-se parte da sua análise institucional, este

guia irá ajudá-la a desenvolver o sistema e a infraestru-

tura para fazê-lo de forma eficiente e com o maior im-

pacto possível.Assim, o guia de Implementação do RFI

partilha as lições adquiridas até à data acerca de como

beneficiar do relatório RFI para melhor gerir as parce-

rias de investigação, criar standards para a equidade e

colaboração entre instituições e parceiros de pesquisa,

construindo colaborações capazes de fomentar saúde,

equidade e desenvolvimento em países de baixo e mé-

dio rendimento. Ele é indicado para todos os colabora-

dores de investigação em seis grupos essenciais:

Departamentos governamentais com responsabilidades

fundamentais no apoio e desenvolvimento de investiga-

ção, incluindo (mas não limitado a) Ministérios da Ciên-

cia eTecnologia, Saúde e Educação Superior

Agências Nacionais de Investigação e Inovação

Instituições e Organizações académicas e de investigação

Divisões de investigação e organizações do setor priva-

do/indústria

Financiadores da investigação, patrocinadores e filantro-

pias

Outros stakeholders chave tais como grandes ONGs,

organizações internacionais e multinacionais para o de-

senvolvimento que promovem e utilizam investigação

global para a saúde

No âmbito de todos estes grupos devem existir mem-

bros fundamentais do staff que irão ser responsáveis por

promover a adoção do RFI mas, provavelmente, os mais

importantes são os pesquisadores e Chefes de Equipas

que habitualmente iniciam, cuidam e mantêm as par-

cerias. É com eles que a perceção da necessidade do

RFI habitualmente começa e são eles que conseguem

envolver todos os atores previamente mencionados,

despertando nestes o seu interesse tendo em vista os

benefícios internos e externos, contribuindo para um

mundo de investigação mais justo e capaz.

Com tantos atores diferentes envolvidos em investiga-

ção e inovação global, e com tantos diferentes modelos

organizacionais e formas de trabalhar, é impossível criar

um Guia de Implementação universalizante que não

seja genérico. No entanto, é relativamente fácil trans-

formar as suas sugestões num modelo pragmático de

um sistema para análise institucional que:

- Produza o seu próprio relatório com um custo eficiente;

- Seja capaz de gerar ações e mudanças com base nos

resultados do Relatório;

- Ofereça transparência e compromisso com a equidade.

Requisitos de relatório do RFI

O guia do relatório do RFI fornece um quadro de análi-

se pragmático para definir “equidade” nas colaborações

e parcerias de investigação. Através de uma extensa

consulta global, os seus requisitos foram definidos com

base neste quadro de análise, em que as parcerias de in-

vestigação equitativas são caracterizadas por três fatores

essenciais:

Equidade de Oportunidade

Processo Equitativo

Partilha equitativa de Benefícios, Custos e Resultados

Cada um destes três “domínios” de equidade pode ser

analisado através de cinco elementos ou tópicos chave

que dizem respeito a “Oportunidade”, “Processo”, “Be-

nefício”, “Custo” e “Partilha de Resultados”. Por sua vez,

cada tópico pode ser avaliado por 5 indicadores – para

nos certificarmos de que todos os aspetos relevantes são

incluídos. Nesse sentido, o relatório é construído atra-

vés da recolha, compilação e análise do comportamento

e políticas organizacionais nestas 45 áreas, começando

com uma análise de cada indicador da seguinte forma:

dar respostas específicas de acordo com o que é soli-

citado em cada tópico; documentação de apoio para