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A n a i s d o I HM T

dos durante 16 horas a 4 ºC. Na presença de EDC/NHS,

os conjugados foram incubados durante 2 horas à mesma

temperatura.Após a conjugação, o anticorpo não ligado foi

removido por centrifugação e o sedimento foi ressuspendi-

do numa solução de albumina de soro de bovino (BSA), 10

mg/mL e incubado durante 1 hora no escuro. Desta forma,

são impedidas as ligações não específicas, aquando da liga-

ção do antigénio aos conjugados AuNP-anticorpo.

Após este passo de bloqueio com BSA, os conjugados fo-

ram submetidos a 2 ciclos de centrifugação/lavagem com

tampão fosfato de sódio 5 mM, pH 7,2.

No caso da formação de bionanoconjugados AuNP-anti-

corpo-antigénio, incubaram-se diferentes concentrações

de antigénio recombinante

Pf

HRP2 com a mesma razão

molar de anticorpo, durante 2 horas a 4 ºC. Seguidamente

as amostras foram novamente centrifugadas/lavadas com

tampão fosfato de sódio, 5 mM, pH 7,2.

Produção e purificação do antigénio recombinan-

te

Pf

HRP2

A produção e purificação da proteína foram realizadas se-

gundo o procedimento adaptado de Ndonwi

et al.

[24].

Inicialmente foi inserida a sequência de ADN do

Pf

HRP2

contendo uma cauda de 6 histidinas no vetor pET15b. Este

plasmídeo foi introduzido em

células hospedeiras de

E.coli

BL21/DE3 para expressão da proteína

Pf

HRP2 recombi-

nante. As culturas bacterianas cresceram a 37 ºC durante

16 horas e foram transferidas para 2 L de meio LB, no qual

cresceram a 37 ºC até uma densidade ótica a 600 nm entre

0,75 e 0,9. Neste ponto, foi adicionada uma solução de

IPTG 0,05 mM para promover a sobrexpressão da proteína

e a cultura incubou durante 20 horas a 16 ºC. As culturas

foram centrifugadas e posteriormente lisadas por

French

press

. Após obtenção do lisado bacteriano, purificou-se a

proteína

Pf

HRP2 por cromatografia de afinidade, usando

uma resina de Ni-NTA.

A concentração da proteína foi estimada pelo método do

ácido bicinconínico (BCA) [25] e a sua pureza foi avaliada

por eletroforese em gel de SDS-PAGE.

Eletroforese em gel de agarose

Os bionanoconjugados AuNP-anticorpo preparados como

anteriormente descrito, foram centrifugados (22 000 x g,

10 minutos, a 4 ºC) e o sedimento ressuspendido em 13,5

µl de tampão fosfato de sódio, 5 mM, pH 7,2, e 1,5 µl de

glicerol (99,5%). As amostras foram aplicadas num gel de

agarose a 0,5% em tampão TAE (Tris-Acetato-EDTA), pH

8,5. O gel correu durante 30 a 40 minutos a 150 V num

sistema de eletroforese ENDURO (Labnet).

A mobilidade eletroforética (µ) foi calculada de acordo

com a equação 1, que representa o quociente entre a ve-

locidade de migração das amostras (

ʋ

) e o campo elétrico

aplicado (E) [26].

(equação 1)

Western Blot com deteção pelos conjugados AuNP-

-anticorpo

O ensaio deWestern Blot foi efetuado para se comprovar o re-

conhecimento do antigénio recombinante

Pf

HRP2 pelos conju-

gadosAuNP-anticorpo anti-

Pf

HRP2.

O antigénio recombinante a 1,5 mg/mL foi inicialmente se-

parado por eletroforese em gel de SDS-PAGE a 10%, e segui-

damente transferido para a membrana de nitrocelulose através

do sistema Mini-PROTEANTetra (BIO-RAD).Amembrana de

nitrocelulose foi bloqueada com uma solução de BSA a 10 mg/

mL durante 20 minutos, com agitação lenta.Após este período

a membrana foi incubada com a solução de bionanoconjugados

AuNP-MUA-anti-

Pf

HRP2 durante 2 horas, com agitação lenta

à temperatura ambiente e posteriormente lavada 3 vezes com o

tampão PBST (tampão PBS com 0,05% deTween 20) durante

5 minutos.

Projeção do teste de diagnóstico rápido usando a tec-

nologia

lab-on-paper

O teste foi projetado no programa informático Adobe Illustra-

tor CC. Os testes foram compostos por uma zona de deposição

dos bionanoconjugados, uma linha de teste, uma linha de con-

trolo e uma zona de lavagem. Os testes foram impressos em

papel de filtro (Whatman Cellulose Chromatography Paper

Grade 1) com recurso a uma impressora com tinteiros de cera

(Xerox ColorQube 8570). Seguidamente os testes foram difun-

didos numa placa de aquecimento (Robax) durante 2 minutos a

140 ºC para que ocorresse a difusão vertical da cera pelo papel,

formando-se barreiras hidrofóbicas

que definem os canais hidrofílicos

para a deposição das amostras (Fi-

gura 3).

Figura 3

Tira de papel de filtro

Whatman Nº 1 desenhada segundo a

tecnologia

lab-on-paper

para o desen-

volvimento doTDR.

Legenda:

1. Zona de deposição dos bionano-

conjugados

2. Linha de teste

3. Linha de controlo

4. Zona de lavagem