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A n a i s d o I HM T

do segundo ano, de modo a avaliar a adequação linguística

e cultural do questionário.

Os dados foram introduzidos numa base de dados do

software SPSS v.20 criada para o efeito e toda a análise

estatística foi realizada usando este software. Calcularam-

-se contagens e frequências relativas para as variáveis de

escala nominal; média, desvio padrão (dp), mediana, am-

plitude interquartílica (AQ) e valores mínimo e máximo

para as variáveis de escala numérica.

Para descrever as variáveis de escala ordinal foram calcu-

ladas mediana, amplitude interquartílica, média, desvio

padrão, percentagens e contagens.

A mediana foi considerada como ponto de corte para

categorizar as variáveis de escala numérica na análise de

correspondência múltipla.

Foi usada a análise de correspondências múltiplas (ACM)

da Escola de Leiden (

Leiden’s School optimal scaling multi-

ple correspondence analysis

) para identificar os grupos de

alunos que partilhavam características sociodemográficas

e expectativas profissionais comuns. As variáveis “local

pretendido de exercício profissional no país de origem”,

“setor pretendido de exercício profissional”, “nível de

exercício profissional no sistema de saúde” e “rendimento

esperado” foram utilizadas para medir as expectativas re-

lativamente à vida profissional futura.

Numa primeira fase, os modelos ACM foram construídos

com o número máximo de dimensões (igual ao número

de variáveis no modelo). A qualidade das dimensões foi

avaliada através dos valores de inércia. O número final de

dimensões a ser considerado resultou do valor da inércia

(próximo de 1). Depois de selecionar o número final de

dimensões, foi produzido um segundo modelo. As variá-

veis com as medidas de discriminação mais próximas de

1 foram consideradas discriminantes para cada dimensão

(quadro 1).

Foi analisada a apresentação gráfica das medidas de discri-

minação para perceber de que forma cada variável se re-

lacionava com cada uma das dimensões: as que se encon-

travam mais próximo do eixo foram consideradas como

discriminantes para a dimensão. Aquelas que se encon-

travam mais próximo da origem não foram consideradas

como discriminantes para a dimensão. As que se encon-

travam na diagonal da origem foram consideradas como

discriminantes para as duas dimensões. As coordenadas

das categorias das variáveis foram usadas para avaliar o

grau de associação entre categorias. Os dados com omis-

são foram considerados como dados omissos aleatórios

(

system missing

).

Quadro 1

– Modelos de ACM das variáveis sociodemográficas e das expectativas profissionais para a Guiné Bissau e SãoTomé e Príncipe: variáveis incluí-

das no modelo, número de dimensões no modelo inicial, percentagem de variáveis explicadas pelo modelo inicial, número final de dimensões e inércia das

dimensões e percentagem de variância final explicada

Modelo

Variáveis no modelo

Número de

variáveis

no modelo

inicial

% de

variância

explicada no

modelo

inicial

Número

final de

dimensões

Inércia das

dimensões

seleciona-

das

% de variância

explicada no

modelo final

Guiné Bissau

Sociodemo-

gráficas

Nível de formação

Sexo

Trabalhador

Local de nascimento

Estado civil

Local de frequência do Ensino secundário

Idade

7

1.0

2

0.223

0.204

1.5

Expectativas

profissionais

Sexo

Nível de formação

Rendimento esperado

Trabalhador

Setor de exercício pretendido

Local de exercício pretendido

Nível de exercício pretendido

Local de frequência do ensino secundário

Local de nascimento

9

1.1

2

0.174

0.148

1.6

São Tomé e

Príncipe

Sociodemo-

gráficas

Sexo

Local de frequência do Ensino secundário

Local de frequência da escola primária

Trabalhador

Dependentes

Estado civil

Idade

7

1.1

2

0.341

0.218

2.0

Expectativas

profissionais

Rendimento esperado

Sexo

Local de nascimento

Local de frequência do Ensino secundário

Local de exercício pretendido

Setor de exercício pretendido

Trabalhador

7

2.32

2

0.302

0.252

2.0