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A n a i s d o I HM T
Considerando somente a evolução das patentes em Por-
tugal para Malária, observam-se o total de 14 patentes
entre 2005 e 2014 (ver gráfico 5).
Ainda exemplificando o
Big Data
no universo da
Web
pro-
funda, a base
CarrotLingo3G
® proporciona uma identifi-
cação, mineração de dados e extração de dados essenciais
para tomada de decisão de forma bem interessante. É
possível analisar em sites da Web, bem como especifica-
mente na base médica PubMed.
Foram identificados 72.875 documentos referentes a
Malária na base PubMed. Por este motor de busca, ao
confrontarmos com a busca anterior no GoPubMed,
constata-se uma diferença de cerca de 2000 trabalhos.
Contudo, após refino dos dados, o
CarrotLingo3G
® agru-
pou os dados em 100 sub-tópicos mais relevantes, consi-
derando as palavras-chave mais mencionadas dentro dos
respectivos trabalhos, a saber: “patientes” – 15, “severe
Falciparum Malaria” – 12, “Immune Response” – 10, Ma-
laria Vaccine” – 10, “Infectious diseases” – 8, “Parasite
Transmission” – 8, “Active Compounds” – 7, “Artemi-
sin Resistance” – 6, “combination Treatments” – 5 e “P.
Vivax” – 5. Na figura 5, pode-se observar a disposição
do cluster com as informações essenciais, onde quanto
maior a “esponja”, maior a consistência/relação do sub-
-tema com a Malária. Clicando sobre o mesmo é possí-
vel resgatar os documentos para análise de tomada de
decisão.
Já na figura 6, é possível visualizar a mesma pesquisa,
contudo, somente expressando as pesquisas feitas no âm-
bito dos investigadores portugueses, com seus respecti-
vos subtemas essenciais ligados à Malária. Nesta análise
foram resgatados 475 documen-
tos agrupados por relevância em
grupos de 100.
Considerações finais
A era do
Big Data
se instaurou
com o início do novo milênio e
sinaliza avanços exponenciais a
cada ano. Assim, preconizam-se
novas abordagens de análise e tra-
tamento de dados a fim de pro-
porcionar subsídios mais eficazes
para os tomadores de decisão em
qualquer área da ciência.
A inteligência competitiva na
abordagem 2.0 se mostra uma
ferramenta prática e acessível
para auxiliar gestores de todas as
áreas, principalmente quando há
dificuldade em aquisição de
sof-
tware
pagos. No campo da saúde
pública, sobretudo em DN, onde há grande desinteresse
da iniciativa privada, o
Big Data
tratado com ferramentas
colaborativas mostra-se um grande aliado, haja vista que
avanços nas políticas de saúde nesta área ainda precisam
de muitos esforços, pois ameaçam mais de 1 bilhão de
pessoas no mundo.
As bases com o conceito de livre acesso, ou ainda, com
acesso limitado, aliado a
softwares
Web
2.0 podem gerar
resultados com valor de informação, sendo úteis para a
inovação em determinado segmento. No caso estudado,
observou-se que as bases consultadas para extração e
análises.
A saúde é uma questão prioritária da humanidade em
busca de melhor qualidade de vida. Igualmente, as ferra-
mentas 2.0 possibilitam o novo pensamento “Saúde 2.0”
como forma de auxiliar a dinâmica da inovação na saúde
pública bem como no indivíduo. A inteligência na orga-
nização e, consequente, no tratamento da informação em
tempos de
Big Data
é crucial para a manutenção, avanço
e liderança, seja mercadológica, em pesquisa científica
ou política governamental.
Evidenciou-se o crescente interesse em investigação para
Malária com forte participação internacional. Neste âm-
bito Portugal tem contribuído sensivelmente, princi-
palmente em Institutos de Pesquisa sediados em Lisboa.
Seus cientistas trabalham em redes colaborativas de for-
ma global.
Fig. 6
– Cluster de Malária agrupados por termos relevantes – Portugal. Fonte: (PubMed - NCBI, 2015)