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A n a i s d o I HM T

tornando o sistema de distribuição de eletricidade mais

preciso e econômico

5

.

Para exemplificar um caso de sucesso ligado à saúde pú-

blica pode-se destacar a interatividade dos serviços de

saúde de forma virtual e em tempo real. Portugal vem

implantando o sistema com diversos casos de sucesso,

onde exames são realizados sem a necessidade do pacien-

te ter de retornar ao consultório para obter o resultado,

bem como levá-lo ao médico. Ocorre que após a realiza-

ção do exame, os resultados são enviados eletronicamen-

te para o profissional do serviço de saúde e este, somente

contatará o paciente em caso de alguma anormalidade. Da

mesma forma, os receituários médicos são encaminhados

online

para as farmácias, bastando o paciente apresentar

sua identidade na farmácia para que lhe seja entregue os

medicamentos pertinentes. Já no governo de Singapura,

este unificou seu sistema de saúde em um centro de ge-

renciamento de dados: as consultas médicas e os exames

de todo os cidadãos ficam registrados num prontuário

eletrônico que é atualizado em tempo real. Há até um

programa de bonificação. Se um paciente segue o trata-

mento à risca, ganha pontos que são revertidos em des-

contos nos impostos [4], [26], [41], [42], [42]–[45].

Ao observar o Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, a pre-

feitura criou um centro de controle de emergências utili-

zando

o Big Data

. Nesse sistema, são cruzados milhares de

indicadores diários buscando determinar melhores ações

da polícia e/ou outros serviços públicos.

O Big Data

é real, cada dia mais integrado à sociedade e

em todas as áreas, governos e instituições. Igualmente,

o processo de mapear, conhecer, tratar e disseminar as

informações em favor da sociedade para maior e melhor

qualidade de vida se torna um desafio constante, pois per-

passa a cultura organizacional e a própria cultura de cada

país.

Uma reflexão sobre o

Big Data

na Saúde

e ferramentas da

Web

2.0 aplicados

à doença malária

O

Big Data

permeia todos os setores da ciência e a saú-

de não podia ser diferente. A gama de serviços novos no

âmbito da saúde colaborativa (

Web

2.0) também se apre-

senta sem precedentes na história da humanidade. Pensar

em ferramentas que possam coletar e analisar grandes

conjuntos de dados e prover resultados em tempo real

seja para o paciente quanto para o profissional ou ges-

tor de saúde pública já tem se tornado realidade.Também

chamado de interação do homem-computador e a infor-

mática médica, procura-se através de uma rede multidis-

ciplinar (especialistas da saúde com os da computação)

encontrar novas soluções e uma abordagem orientada a

dados para suas necessidades específicas [33], [46], [46].

Contudo, um dos grandes desafios é adaptar-se à reali-

dade 2.0 diante de um sistema altamente burocrático da

máquina pública, pois, em geral, a inovação no campo da

tecnologia da informação é extremamente mais veloz do

que as ações de mudança no sistema de saúde pública dos

países, em especial dos países periféricos.

Portanto, ao refletir sobre a melhoria da saúde das pessoas

mais pobres no mundo em desenvolvimento, podemos

concluir sobre a necessidade de desenvolver e implantar

muitas variedades de inovações em saúde, incluindo no-

vos medicamentos, vacinas, dispositivos e diagnósticos,

bem como novas técnicas de engenharia de processos e

manufatura, abordagens de gestão, software e políticas

em sistemas e serviços de saúde [47]. Nesse aspecto o

Big Data

não pode ser ignorado. Portanto, mineração de

grande volume de dados a fim de melhor identificar com-

petências sêniores, redes, o estado da arte de determina-

do composto químico-farmacêutico e/ou ações de gestão

pública, se tornam fundamentais para o avanço da ciência

por melhores condições de vida [10], [48].

Considerando algumas ferramentas da

Web

profunda, que

contém grande parte da literatura biomédica do

Big Data

na área da saúde, pode-se visualizar uma base com mais de

65 milhões de trabalhos científicos desde 1953. A base é

a

PubMed

e possui mais de 23 milhões de citações na área

da saúde. Através de uma análise bibliométrica, tratando

o

Big Data

para a doença Malária, pôde-se resgatar uma

grande quantidade de informação, que depois de filtrada,

pode ser utilizada para gestão como: o crescimento em

publicações de malária ao longo do tempo e seus respecti-

vos autores, relações e correlações no tema, a intensidade

dos países ao qual pertencem os cientistas, as tendências

etc.

Outra base que fornece valor agregado à informação por

meio de ferramentas da

Web

2.0, é o

GoPubMed

. No gráfico

1 observa-se a evolução das publicações científicas sobre

Malária em cerca de 40 anos. Conclui-se que o interesse

de pesquisa dobra a cada 20 anos nesta área. Somente na

última década o crescimento foi de 122%.

Conforme mencionado no início do capítulo, existem

70.607 publicações científicas em Malária na base

Pub-

Med

. Considerando o

ranking

de trabalhos dos 20 primei-

ros países que mais atuaram no tema, têm-se os EUA com

25,4%; o Reino Unido (12,5%); Índia (8,3%); França

(7,4%); Austrália (5,2%); Alemanha (4,4%); Tailândia

(4,3%); Brasil (3,3%) etc. A tabela 1 mostra a ordem

crescente dos países, bem como as quantidades de produ-

ções científicas pelos países TOP 20.

3

Documento em inglês sobre inserção na rede global, em

http://www.rfc-

-editor.org/rfc/rfc801.txt .

4

“Internet Protocol” – número específico que identifica individualmente

cada computador.

5

Informações disponíveis em

www.portaldasaude.pt

/;

www.scienceineu-

rope.com/;

www.ces.uc.pt/publicacoes/oficina/182/182.pdf

; TED Confe-

rences videos –

www.ted.com

/