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Como estudo de caso, foi escolhida a malária, dentre as

doenças negligenciadas (DN)

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, doenças que não geram in-

teresse para as indústrias farmacêuticas (as que não geram

lucro) e, portanto, para as quais não foi descoberto nenhum

novo medicamento emmais de 50 anos.A malária está presen-

te em, praticamente, todas as regiões tropicais, é infecciosa e

levou ao óbito cerca de dois milhões de pessoas no mundo e

infecta entra 400-500 milhões/ano. Do total de mortes, 90%

estão situadas na África subsaariana [12], [13].

Uma reflexão da informação via

inteligência competitiva

e gestão do conhecimento

Na era do conhecimento, o capital intelectual tem desempe-

nhado um papel importante na economia e nos negócios. Uma

peça chave para a competitividade e, por conseguinte, para o

desenvolvimento económico e o da tecnologia. Em áreas de

alta densidade, como a farmacêutica, aeroespacial e de teleco-

municações, entre outras de igual peso e impacto, o conheci-

mento torna-se o ativo mais importante [14].

Não obstante, questões e problemas de saúde pública são

imensos e requerem uma força de trabalho multidisciplinar.

Elas devem ser consideradas e analisadas no contexto das con-

dições reais de cada cultura, desenvolvidas utilizando as ver-

tentes de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P, D&I), e

por meio de redes de cooperação disseminar o conhecimento

gerado para atingir o desenvolvimento local e chegar à inova-

ção.Trabalhando com a Ciência da Informação qualquer apli-

cação na área inclui uma rede altamente estruturada. Devido

ao fato de que os processos envolvidos em “P, D & I drogas”

serem cada vez mais complexos, é necessário, como primei-

ra medida, formar equipes multidisciplinares para estabelecer

uma visão sistêmica [15]. É um trabalho intensivo em conhe-

cimento e, por esta razão é preciso unir às áreas de Ciência da

Informação e de Inteligência Competitiva, a área de conheci-

mento, Gestão do Conhecimento.

Existem diferenças entre a Gestão do Conhecimento (GC) e a

Inteligência Competitiva (IC), embora, nem sempre, percep-

tíveis. A princípio, ambas têm como propósito, proporcionar

conhecimento e informação para as pessoas certas no momen-

to certo. É uma questão de como satisfazer da melhor maneira

um objetivo ou uma necessidade imediata da empresa [16].

A missão dos pesquisadores e profissionais de IC em uma

organização inclui a aquisição, análise, interpretação e enca-

minhamento de informações aos executivos da organização.

Já a missão dos profissionais da GC concentra-se em identi-

ficar, classificar, organizar e encaminhar conhecimentos úteis

às áreas da organização responsáveis pela tomada de decisões,

análise das necessidades do setor e resolução de problemas.A

GC tem a preocupação de tornar os recursos de conhecimen-

to existentes no âmbito de uma organização acionáveis, estan-

do muitos deles armazenados em formatos digitais. Já a IC se

concentra em capturar recursos que são tanto externos quan-

to internos. Porém, nas organizações que trabalham com estas

duas metodologias, a distinção entre ambas continua sendo

obscura.Acredita-se que GC e IC andam unidas [11], [17].

Como observado anteriormente, o conhecimento de dados

essenciais é imprescindível para o gestor de determinada em-

presa ou instituição. Assim, ele pode ser usado como a pro-

priedade intelectual do indivíduo/empresa.Todas as informa-

ções corretamente projetadas e analisadas ​para ajudar na to-

mada de decisão correta em curto ou longo prazo, podem ser

entendidas como estratégias para ganhar quota de mercado,

definição de pesquisa e/ou visão de longo prazo. Esta combi-

nação resulta em IC, quando a informação crítica não é utili-

zada apenas como informação de dados, mas também como

uma ferramenta de gestão e pode ser uma arma competitiva

nos mercados gerando retornos financeiros significativos.

Artigo Original

Fig. 2

– Países com estudos de malária. Fonte: (PubMed – gopubmed Fev/2015)