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A n a i s d o I HM T
Uma reflexão sobre às informações
essenciais no sistema de patentes
Em 1994, foi assinado, pelos países membros da Organização
Mundial do Comércio (OMC), o Acordo sobre Aspetos dos
Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio
(TRIPS, termo em inglês ouADPIC). Este acordo concedeu pa-
tentes para produtos químicos e farmacêuticos, onde as patentes
na área se tornarammais intensas e controladas em países perten-
centes à OMC. Nele, ficou estabelecido que a produção e venda
de fármacos poderá ser realizada somente pelo titular da patente,
num período de, em média, 20 anos [22], [23]. Neste prazo, é
impedida a produção e comercialização de medicamentos, iguais,
produzidos por outros laboratórios farmacêuticos, porém, esta
medida, incentiva o investimento em inovação [24].
As patentes farmacêuticas passarama seremconsideradas de gran-
de relevância, por conteremnovas informações que revelamdeta-
lhes da invenção, seja de produto ou processo. Imediatamente, os
cientistas e/ou gestores consideram as patentes como um impor-
tante indicador de inovação. Estudos relacionados às patentes de
uma empresa, em determinado país, bem como seus respectivos
autores, podem revelar dinamismo tecnológico de um determi-
nado setor, além de fornecerem informações sobre a direção da
mudança tecnológica [25].
Concernente ao campo saúde, a indústria farmacêutica é funda-
mental para a área em P,D&I. Este setor cresce a cada ano com
vendas próximas a US$ 1 trilhão e com previsão de chegar a US$
1,2 trilhões no ano de 2016 [26], [27].
Considerando a gama de patentes, como umdos
Big Data
no cam-
po da saúde utilizou-se, como exemplo, ferramentas de pesquisa
via
Web
2.0 a fim de ilustrar a importância da percepção do valor
da informação para a área de saúde pública.
Uma reflexão sobre o
Big Data
O impacto revolucionário da informação diante do século XXI,
não foi originado somente pela “informação”, mas pelo advento
da “inteligência artificial” ou pelo efeito da Ciência da Informação
sobre a Ciência Computacional que criou estruturas ou arquite-
turas informacionais, facilitando a tomada de decisões, políticas
e estratégia nas organizações. Expandiu também, enormemente,
a capacidade de comunicação dos indivíduos por meio da
Internet
como plataforma.
Devido a este novo conceito, a
Internet
tem sido explosiva no que
se refere aos principais canais para a distribuiçãomundial de bens,
serviços e postos de trabalho profissionais e gerenciais.Além de
criar uma nova dimensão econômica, modificou rapidamente à
“geografia mental” da população, fazendo expandir os horizontes
de pensar do homem comum. Isso é um passo evolutivo total-
mente novo, sem precedentes e absolutamente inesperado para
a ciência global. Nesse prisma, a sociedade em que vivemos mu-
dará muito nas próximas décadas e desenhará um novo ambiente
para os negócios [7], [28], [29].
O crescimento de informações na sociedade globalizada dos
mercados abriu novas formas de utilizar um conceito que, embo-
ra existisse há muito tempo, evoluiu a forma de como divulgar os
dados e trata-los. Em todas as idades, um profissional empreen-
dedor sempre sentiu a necessidade de estar informado a fim de
tomar decisões para defender o seu “território”, ou seja; de se
comparar com os outros objetivando a capacidade de discernir,
para medir e avaliar. Nesse sentido, os primeiros dias da
Internet
“sem fronteiras” pareciam uma revolução falsa, pois os modelos
tradicionais de mídia (televisão, rádio, etc.) com base na comu-
nicação vertical permaneceram, mas um modelo fundamental-
mente diferente surgiu com cerca de 240 milhões de
sites
em
junho de 2009, e desde então, impôs sua hegemonia [30], [31].
O paradigma da comunicação horizontal, ou seja, “muitos para
muitos” (
Web
2.0) tornou-se doravante dedicado e congratulou-
-se com novos usos. Como se observa na figura 3, dois tipos de
fenômenos tinham aparecido simultaneamente. Por um lado, o
modelo da comunicação vertical (um para muitos) deu lugar a
um modelo de comunicação horizontal de “muitos para muitos
(n para n)”. Esta é a extensão colaborativa do
“peer-to-peer
” em
funcionamento na organização das sociedades, onde a rede esta-
belecida da arquitetura técnica transpõe para interações sociais.
Por outro lado, o achatamento das relações sociais, sob a influên-
cia da arquitetura técnica das redes, foi acompanhado pelo fenô-
meno da comunidade virtual [19], [32], [33].
Na figura 3, notam-se as etapas evolutivas da
Web
a partir da
década de 90.
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A OMS estima que há cerca de 1 bilhão de pessoas sofrendo de alguma
das 17 doenças negligenciadas (Tuberculose, Malária, doença de Chagas,
Leshmaniose, Hanseníase etc.). No entanto, o desafio é pensado em termos
de populações negligenciadas, ou seja, incluem não só novos tratamentos
para as Doenças Negligenciadas, mas também quanto ao acesso aos anti-
microbianos, medicamentos com preços acessíveis associadas às doenças
com impacto global, como diabetes e câncer.
Fig. 3
– Evolução das ligações entre a informação à conexão entre pessoas.
Fonte:Adaptado pelos autores de Nova Spivak (2014)