Table of Contents Table of Contents
Previous Page  51 / 114 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 51 / 114 Next Page
Page Background

51

A n a i s d o I HM T

Uma reflexão sobre às informações

essenciais no sistema de patentes

Em 1994, foi assinado, pelos países membros da Organização

Mundial do Comércio (OMC), o Acordo sobre Aspetos dos

Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio

(TRIPS, termo em inglês ouADPIC). Este acordo concedeu pa-

tentes para produtos químicos e farmacêuticos, onde as patentes

na área se tornarammais intensas e controladas em países perten-

centes à OMC. Nele, ficou estabelecido que a produção e venda

de fármacos poderá ser realizada somente pelo titular da patente,

num período de, em média, 20 anos [22], [23]. Neste prazo, é

impedida a produção e comercialização de medicamentos, iguais,

produzidos por outros laboratórios farmacêuticos, porém, esta

medida, incentiva o investimento em inovação [24].

As patentes farmacêuticas passarama seremconsideradas de gran-

de relevância, por conteremnovas informações que revelamdeta-

lhes da invenção, seja de produto ou processo. Imediatamente, os

cientistas e/ou gestores consideram as patentes como um impor-

tante indicador de inovação. Estudos relacionados às patentes de

uma empresa, em determinado país, bem como seus respectivos

autores, podem revelar dinamismo tecnológico de um determi-

nado setor, além de fornecerem informações sobre a direção da

mudança tecnológica [25].

Concernente ao campo saúde, a indústria farmacêutica é funda-

mental para a área em P,D&I. Este setor cresce a cada ano com

vendas próximas a US$ 1 trilhão e com previsão de chegar a US$

1,2 trilhões no ano de 2016 [26], [27].

Considerando a gama de patentes, como umdos

Big Data

no cam-

po da saúde utilizou-se, como exemplo, ferramentas de pesquisa

via

Web

2.0 a fim de ilustrar a importância da percepção do valor

da informação para a área de saúde pública.

Uma reflexão sobre o

Big Data

O impacto revolucionário da informação diante do século XXI,

não foi originado somente pela “informação”, mas pelo advento

da “inteligência artificial” ou pelo efeito da Ciência da Informação

sobre a Ciência Computacional que criou estruturas ou arquite-

turas informacionais, facilitando a tomada de decisões, políticas

e estratégia nas organizações. Expandiu também, enormemente,

a capacidade de comunicação dos indivíduos por meio da

Internet

como plataforma.

Devido a este novo conceito, a

Internet

tem sido explosiva no que

se refere aos principais canais para a distribuiçãomundial de bens,

serviços e postos de trabalho profissionais e gerenciais.Além de

criar uma nova dimensão econômica, modificou rapidamente à

“geografia mental” da população, fazendo expandir os horizontes

de pensar do homem comum. Isso é um passo evolutivo total-

mente novo, sem precedentes e absolutamente inesperado para

a ciência global. Nesse prisma, a sociedade em que vivemos mu-

dará muito nas próximas décadas e desenhará um novo ambiente

para os negócios [7], [28], [29].

O crescimento de informações na sociedade globalizada dos

mercados abriu novas formas de utilizar um conceito que, embo-

ra existisse há muito tempo, evoluiu a forma de como divulgar os

dados e trata-los. Em todas as idades, um profissional empreen-

dedor sempre sentiu a necessidade de estar informado a fim de

tomar decisões para defender o seu “território”, ou seja; de se

comparar com os outros objetivando a capacidade de discernir,

para medir e avaliar. Nesse sentido, os primeiros dias da

Internet

“sem fronteiras” pareciam uma revolução falsa, pois os modelos

tradicionais de mídia (televisão, rádio, etc.) com base na comu-

nicação vertical permaneceram, mas um modelo fundamental-

mente diferente surgiu com cerca de 240 milhões de

sites

em

junho de 2009, e desde então, impôs sua hegemonia [30], [31].

O paradigma da comunicação horizontal, ou seja, “muitos para

muitos” (

Web

2.0) tornou-se doravante dedicado e congratulou-

-se com novos usos. Como se observa na figura 3, dois tipos de

fenômenos tinham aparecido simultaneamente. Por um lado, o

modelo da comunicação vertical (um para muitos) deu lugar a

um modelo de comunicação horizontal de “muitos para muitos

(n para n)”. Esta é a extensão colaborativa do

“peer-to-peer

” em

funcionamento na organização das sociedades, onde a rede esta-

belecida da arquitetura técnica transpõe para interações sociais.

Por outro lado, o achatamento das relações sociais, sob a influên-

cia da arquitetura técnica das redes, foi acompanhado pelo fenô-

meno da comunidade virtual [19], [32], [33].

Na figura 3, notam-se as etapas evolutivas da

Web

a partir da

década de 90.

2

A OMS estima que há cerca de 1 bilhão de pessoas sofrendo de alguma

das 17 doenças negligenciadas (Tuberculose, Malária, doença de Chagas,

Leshmaniose, Hanseníase etc.). No entanto, o desafio é pensado em termos

de populações negligenciadas, ou seja, incluem não só novos tratamentos

para as Doenças Negligenciadas, mas também quanto ao acesso aos anti-

microbianos, medicamentos com preços acessíveis associadas às doenças

com impacto global, como diabetes e câncer.

Fig. 3

– Evolução das ligações entre a informação à conexão entre pessoas.

Fonte:Adaptado pelos autores de Nova Spivak (2014)