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A n a i s d o I HM T
cho comercial de Portugal é uma mistura com-
plexa de fenchona,
a
-pineno, p-cimeno, estra-
gole entre outros, sendo também os compostos
maioritários o
trans-
anetol3 e o limoneno4.
O OE
M. pulegium
de CaboVerde revelou ativida-
de larvicida distinta da
M. pulegium
de Portugal.
A análise da constituição destes OEs foi confir-
mada por cromatografia gasosa acoplada a espe-
trometria de massa (GC-MS).
Quanto às meliáceas,
A. indica
e
M. azedarach
,
os ensaios preliminares com os seus extratos
revelaram atividade larvicida apenas para os
extratos de n-hexano, mas estes não foram re-
produtíveis. Para
S. nigra,
foi registada ativida-
de apenas no extrato em acetato de etilo, tendo
sido determinadas as doses letais mínimas que
revelam estarmos perante uma população de
Ae. aegypti
sensível (Tabela 4).
Depois de se identificarem os compostos maio-
ritários dos OE’s das duas plantas (funcho
e poejo), foi avaliada a atividade larvicida de
compostos maioritários de cada planta. A análise
Tabela 2 -
Identificação dos constituintes maioritários da análise por Ressonância Magnética
Nuclear de
13
C do OE de
M pulegium
de Portugal (Equipamento de RMN 400 MHz).
Concentração
letal
Efeito larvicida do óleo essencial
Concentração,
μ
l L
-1
,
Ae. aegypti
(Intervalo de confiança 95%)
F. vulgare
F. vulgare
M. pulegium
M. pulegium
Cabo Verde (A)
Portugal (B)*
Cabo Verde (C)
Portugal (D)
LC
50
23,3 (22,6-24,0) 28,2 (27,2-29,3) 136,1(132,1-140,0) 97,9 (82,7-113,0)
LC
90
30,1(28,7-32,3)
39,6 (37,5-42,6) 183,4(176,1-192,8) 140,87 (119,85-221,42)
LC
99
37,1 (34,2-41,8) 52,4 (48,0-58,7) 223,9 (219,1-254,4) 189,57 (147,94-421,12)
Equação da reta
11,07*x +(-15,14) 9,38*x+ (-12,5)
9,85*x+(-21,02)
8,00*x+(-14,87)
Coeficiente
de correlação
0,999
0,983
0,995
0,931
*óleo comercial
Tabela 1 -
Atividade larvicida dos óleos essenciais de F. vulgare e M. pulegium no 3º estádio das larvas de
Ae.aegypti
, 24 horas após o contato.
Figura 3-
Comparação da atividade larvicida dos OE’s de plantas de Cabo verde (CV) e de Portugal (Port)
e dos respetivos compostos ativos nas larvas do 3º estádio do
Ae. aegypti
.
0
40
80
120
160
200
240
CL50 (
μ
lL-1)
CL90
CL99
Fig. 3 -
Comparação da atividade larvicida dos
OE’s de plantas de Cabo verde (CV) e de Portugal
(P) e dos respetivos compostos ativos nas larvas do
3º estádio do
Ae.aegypti.