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A n a i s d o I HM T
cial no processo de alimentação e
transmissão de agentes patogénicos
[18, 26, 41, 42], este resultado não
era esperado, esperando-se uma
redução no peso dos exemplares
alimentados com anticorpos anti-
-CRT. O mesmo sucedeu no caso
do parâmetro oviposição (figura
6) que demonstra não ser influen-
ciado pela infecção (teste
t
-student
P> 0,05) e ao comparar grupos ali-
mentados com soro controlo e soro
anti-CRT também não se obser-
vam diferenças significativas (teste
t
-student P> 0,05).
Este resultado pode dever-se a
essencialmente ao facto da baixa
imunogenicidade da proteína pois
é uma proteína altamente conser-
vada [27, 42, 43]. Desta forma a
quantidade de anticorpos efectiva-
mente anti CRT poderá ser baixa
demais para promover eficazmente
o bloqueio da proteína nativa na
carraça. A análise por ELISA antes
da colheita do soro do murganho
demonstra um título baixo ou seja
a semelhança entre a rCRT e a CRT
existente no murganho é muito alta
e o organismo falha a reconhecer a
proteína recombinante como estra-
nha. Por outro lado a comparação
da sequência da proteína CRT com
CRTs de mamíferos mostra que
existem algumas diferenças entre
estas proteínas o que sugere que
existem epitopos que poderão ser
indicados para a produção de anti-
corpos. A maior diferença encon-
trada é a ausência do sinal de re-
tenção no retículo endoplasmático
no caso das CRTs de carraças [42]
que leva a que as proteínas sejam
direccionadas para via secretora
[25, 41]. Os domínios C e P são as
regiões com maior grau de iden-
tidade[25, 44]. Assim possivel-
mente seria necessário aumentar
o número de imunizações para
obter um soro mais rico em anti-
corpos anti CRT. Uma alternativa
viável é a produção de anticorpos
monoclonais direccionados para
estes epitopos diferentes. Além
Fig. 6 -
Oviposição média dos grupos de carraças alimentadas por tubos capilares. A 5 fêmeas por
grupo, aleatoriamente escolhidas, foi permitido oviposição. Cada exemplar foi colocado num tubo
eppendorf de 2 ml furado na tampa e colocado numa incubadora a 28ªC e humidade relativa acima de
85% promovendo a oviposição.
Tabela 2 -
Parâmetros associados com o processo de alimentação de fêmeas
R. microplus
parcialmente
engorgitadas, alimentadas artificialmente por tubos capilares.
Tabela 3 -
Níveis de infecção por
Babesia bigemina
de fêmeas parcialmente engorgitadas após alimentação
artificial por tubos capilares
Grupos
Peso antes de AA
(mg) med ± SD
Peso após AA (mg)
med ± SD
Incremento de
peso (mg) med ±
SD
Incremento de
peso % med ±
SD
A-Sangue
Bovino
32,7±6,8
116,6±19,9
83,8±20,7
134,1±48,1
B- Sangue inf.
(
B.bigemina)
32,9±9,4
126,2±41,6
93,3±36
195,2±45,6
C- Sangue +
Soro anti-CRT
29,7±2,7
110,9±20,8
81,2±21,7
139,1±47,8
D- Sangue +
Soro control
30,1±4,6
127,3±29,2
97,2±27,1
162,1±41,7
E- Sangue inf. +
Soro control
30,3±8,3
91,4±29,2
61,1±26,1
104,5±43,3
F- Sangue inf. +
Soro anti CRT
36,7±7,6
125,7±37,6
89,1±33,6
122,8±42,6
15 fêmeas por grupo foram alimentadas artificialmente por tubos capilares. Sangue infectado
com B.bigemina a 0.7% de parasitémia ou sangue sem infecção suplementado ou não de anticorpos foi
apresentado às carraças. Cerca de 10µl de soro foi oferecido a cada espécimen. Depois de 28h as
carraças foram pesadas e colocadas numa incubadora por 2-3 dias para promover a digestão de sangue.
Níveis de infecção
B. bigemina
(Med ± DP)
Sangue infectado
B. bigemina
7,89E-03 ± 2,25E-02
Sangue infectado + soro controlo
4,36E-03 ± 9,07E-03
Sangue infectado + soro anti CRT
2,74E-03 ± 7,96E-03
15 fêmeas por grupo foram alimentadas artificialmente por tubos capilares com sangue bovino infectado
com B. bigemina a uma parasitémia de 0.7% suplementado ou não com soro de murganho durante 28h.
Os níveis de infecção foram calculados por PCR em tempo real usando o método deltadeltaCt usando o
gene da carraça 16s rDNA como referência.