134
Tabela 5
Dificuldades referidas pelos imigrantes na utilização dos serviços de saúde.
Dificuldades na utilização dos serviços de saúde
% (n)
Estar há pouco tempo em Portugal (n=1260)
85,1 (1072)
Falta de conhecimentos sobre lei de acesso à saúde, seus direitos e funcionamento
dos serviços (n=1209)
78,9 (954)
Falta de recursos económicos para suportar custos (n=1375)
75,6 (930)
Procedimentos burocráticos complexos (n=1220)
75,2 (917)
Diferenças linguísticas em relação aos profissionais de saúde (n=1240)
59,8 (742)
Ausência de tradutores/intérpretes (n=1186)
49,5 (587)
Modo como expressam sintomas e reconhecem que estão doentes (n=1375)
46,9 (549)
Desconfiança em relação aos profissionais de saúde (n=1161)
45,7 (531)
Crenças, tradições religiosas e culturais (n=1204)
27,7 (333)
Relativamente às dificuldades dos imigrantes na
utilização
dos
serviços
referidas
pelos
profissionais, é de salientar que, na generalidade,
estes concordaram com a complexidade dos
procedimentos burocráticos, a ausência de
intérpretes nos serviços, a falta de recursos
económicos e o desconhecimento dos imigrantes
sobre a lei de acesso à saúde e funcionamento dos
serviços (Tabela 6).
Encontra-se uma exceção relativamente às
diferenças linguísticas entre imigrantes e
profissionais e aos mitos, tabus, crenças, tradições
religiosas e culturais. Enquanto grande parte dos
médicos e enfermeiros concordou com a ideia de
diferenças linguísticas dificultarem o acesso, foi
mais frequente os administrativos terem opinião
contrária. O mesmo se verifica em relação aos
mitos, tabus, crenças, tradições religiosas e
culturais.