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permanece como um problema para a Saúde pública. A prevalência desta infeção e

o estudo dos fatores de risco representam uma ferramenta importante para o

controlo e prevenção da doença. Estudos demonstraram taxas relativamente mais

ou menos elevadas de prevalência de anticorpos anti-

T.gondii

em grávidas de várias

regiões do mundo, o que parece estar relacionado com os hábitos alimentares,

culturais e com o clima das regiões estudadas. Esta infeção é responsável pelas

altas taxas de seroprevalência em grávidas nas regiões tropicais e subtropicais.

Apesar da sua ampla distribuição, não existem estudos de prevalência sobre a

toxoplasmose em Angola, nem estudos acerca dos fatores de riscos. Assim, o

objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de anticorpos anti-

T.gondii

em

grávidas provenientes da consulta externa de obstetrícia da Maternidade Lucrécia

Paim em Luanda, Angola, bem como, estudar os fatores de riscos associados à

infeção.

A pesquisa de anticorpos anti-

T.gondii,

das classes G e M, foi efetuada com recurso

a

kits

comerciais específicos. O estudo dos fatores de risco foi realizado pela

associação estatística entre os dados obtidos com a serologia e os inquéritos

submetidos a 300 mulheres grávidas. Do total de grávidas estudadas, 27,3%

revelaram a presença de anticorpos anti-

T.gondii

, sendo que 25,3% possuíam

infeção crónica e 2% infeção aguda. Deste modo, 72,7% das mulheres

demonstraram ser seronegativas, logo, suscetíveis à infeção.

Constituem fatores de risco na população estudada a quantidade de animais no

domicílio, o contacto com animais fora de casa, o contacto com o local onde os

gatos defecam, bem como, o consumo de laticínios pasteurizados. Em conclusão,

os resultados obtidos para a infeção por

T. gondii

nas grávidas estudadas, realçam

a importância da divulgação de medidas de sensibilização, no sentido de serem

postas em prática estratégias de prevenção e controlo, que reduzam a prevalência

destas infeções e sua possível transmissão vertical em Angola.

PINTO, Liliana Maria Granja Ventura (2013) Determinantes

sociodemográficos e comportamentais do consumo e da variedade de

fruta e vegetais em adolescentes, Dissertação de Mestrado em Saúde e

Desenvolvimento, IHMT, Lisboa

Introdução:

Existe consenso internacional de que um consumo maior e mais

variado de fruta e vegetais (F&V) promove a saúde e previne algumas doenças

crónicas mas a generalidade da população, incluindo os adolescentes, não atinge

as recomendações. O conhecimento dos determinantes do consumo e da variedade

de F&V é fundamental para se planearem estratégias que favoreçam uma ingestão

adequada.