Table of Contents Table of Contents
Previous Page  69 / 201 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 69 / 201 Next Page
Page Background

laboratório), que prestavam cuidados de saúde diretos e os que manipulavam

produtos biológicos. Foi aplicado um inquérito por questionário pelo investigador,

por entrevista, englobando aspetos sociodemográficos, ocupacionais,

comportamentais, conhecimentos e hábitos de higiene das mãos entre os

profissionais de saúde do hospital. Adicionalmente foram analisadas as condições

ambientais do hospital com a aplicação de uma grelha de observação. Cinquenta e

três profissionais forneceram uma amostra única de fezes, tendo-se efetuado o

exame parasitológico de fezes, bem como pesquisa de antigénio de

Entamoeba

histolytica

com utilização de teste imunocromatográfico rápido. Dos 70 profissionais,

63 (90%) eram mulheres, a média de idade foi de 42,26 anos e o desvio padrão de

8,27 anos. Foram identificados um total de 11 (20,8%) profissionais infetados com

parasitas intestinais patogénicos, dos quais 6 (11,3%) estavam infetados com

E.

histolytica

, 1 (1,9%) infetado com duas espécies, por

E. histolytica

e

G. lamblia

, 1

(1,9%) com

Hymenolepis nana

, 1 (1,9%) com Ancilostomídeos e 2 (3,8%) infetados

com

Schistosoma mansoni

. Foram identificados alguns potenciais fatores de

transmissão de infeção nosocomial, principalmente associados às más práticas de

higiene das mãos e à inexistência de meios para a sua lavagem. Os resultados

obtidos apontam para a importância de existir um maior investimento na

implementação de programas de prevenção e controlo de infeções nosocomiais no

contexto de instituições de saúde, contribuindo para a melhoria das condições de

trabalho dos profissionais de saúde e aumento da segurança do doente.

SILVA, Liliana Catarina Nunes e (2014) Plantas medicinais da Guiné

Bissau: Estudo da sua actividade biológica e caracterização química.

Dissertação de Mestrado em Ciências Biomédicas, IHMT, Lisboa.

As plantas têm sido utilizadas há vários milénios como fármacos. Atualmente, a

pesquisa de fármacos a partir de plantas medicinais envolve uma abordagem

multifacetada, que combina técnicas botânicas, fitoquímicas, biológicas e

moleculares, tendo em vista o desenvolvimento de novos fármacos contra doenças

neoplásicas, doenças infeciosas e parasitárias.

Neste projeto foram testadas 21 plantas oriundas da Guiné-Bissau, com o objetivo

de identificar atividade antibacteriana, antiparasitária e quimiopreventiva. Foram

utilizados três solventes de extração para as 21 amostras de plantas: o metanol, o

clorofórmio e o etil acetato. Os extratos de plantas foram testados para os

microrganismos

Echerichia coli

,

Staphylococcus aureus

,

Enterococcus faecalis,

Pseudomonas aeruginosa

e

Toxoplasma gondii

, de forma a determinar a existência

de atividade antibacteriana e antiparasitária. Os extratos também foram testados

sobre células Vero, 3T3, HeLa e Hep2, de modo a determinar a sua atividade