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Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas no peso do fígado,

tamanho e fase de desenvolvimento dos granulomas hepáticos. O fígado

apresentou um peso superior nos murganhos infetados com a estirpe de

S. mansoni

sensível ao Praziquantel às 6 e 10 semanas de infeção. Também na infeção por

esta estirpe o tamanho dos granulomas hepático foi superior às 10 semanas. A

percentagem de granulomas hepáticos nas fases dominantes de desenvolvimento

nas 6ª e 8ª semanas foi superior nos murganhos infetados com a estirpe de

S.

mansoni

sensível ao Praziquantel.

Dos resultados obtidos podemos inferir que a infeção pela estirpe resistente ao

Praziquantel foi menos severa do que a infeção pela estirpe sensível, o que pode

indicar uma debilidade e redução do

fitness

desta estirpe, resultante da ação do

Praziquantel.

SILVA, Rita Magano da (2014) Caracterização Clínica e Radiológica da

Tubercusolse Pulmonar em Crianças Infectadas e não infectadas por

VIH na Guiné-Bissau. Dissertação de Mestrado em Saúde Tropical,

IHMT, Lisboa.

A incidência de tuberculose em crianças em 2011, segundo dados da Organização

Mundial de Saúde, foi estimada em 490000, 6% da incidência total. Ao “potencial”

epidémico da tuberculose, associa-se a dificuldade diagnóstica pela inespecificidade

clínica, radiológica e pela baixa sensibilidade dos exames microbiológicos

disponíveis em países em vias de desenvolvimento. Nas crianças, a elevada

prevalência de outras causas de infecção respiratória e a dificuldade na colheita de

amostras biológicas são com frequência fonte de atraso no diagnóstico. A co-

infecção com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) condiciona a orientação

diagnóstica, pela sua incidência e apresentação clínica e radiológica atípica, e

terapêutica, pelas interacções farmacológicas.

O estudo realizado teve como principal objectivo identificar critérios clínicos,

laboratoriais e radiológicos para diagnóstico de tuberculose em crianças e

adolescentes entre os seis meses e os 17 anos infectadas e não infectadas por VIH.

Este trabalho teve um componente retrospectivo (crianças diagnosticadas entre

Janeiro de 2011 e Dezembro de 2013) e um componente prospectivo (diagnóstico

efectuado entre Janeiro e Abril de 2014). Após dois meses de tratamento as

crianças foram reavaliadas clínica e radiologicamente. Foram colhidos dados

retrospectivos de 103 crianças, acompanhadas 9 crianças em tratamento e

efectuado o diagnóstico de tuberculose pulmonar a 6 crianças. No estudo

retrospectivo verificou-se que 29,4% apresentaram serologia positiva para infecção

VIH. Foram identificados critérios clínicos de tuberculose nas crianças infectadas

VIH e não infectadas, cujos resultados são comparáveis a estudos efectuados em

África e na América Latina. Em critérios como a perda de peso e a descoloração

cutâneo-mucosa as crianças VIH apresentaram frequências estatisticamente

superiores às das não infectadas. Os padrões radiológicos mais frequentes nesta

amostra foram a consolidação unilateral e o infiltrado micronodular bilateral, menos

frequentes em outros estudos. A identificação do

M. tuberculosis

foi possível em

30% das crianças VIH e em 22,2% das não infectadas VIH. Foi realizada a prova