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genótipo 1 e 34 com referências do genótipo 2. Nestas últimas, um grupo de 16
sequências formou um putativo novo subtipo associado à área geográfica estudada,
denominado G2*, e corroborado pela análise da região NS5A/NS5B.
A descoberta de novas variantes genómicas, a compreensão da sua distribuição,
elucidação das suas características biológicas e interacção destas com outros vírus,
dão ênfase à necessidade de continuidade dos estudos relacionados envolvendo o
GBV-C.
CABANAS, Joaquim Soares (2010) Polimorfismos da Região da
Integrase, do gene Pol, em doentes infectados por VIH-1, Dissertação
de Mestrado em Ciências Biomédicas, IHMT, Lisboa.
Resumo:
A integrase do VIH-1 é a enzima responsável pela integração do ADN
viral no ADN da célula hospedeira. Este processo é indispensável à replicação viral,
desenvolvendo-se em duas etapas independentes, o processamento 3´ e a
transferência de cadeias catalisadas pela integrase. A compreensão das interacções
entre a integrase e o ADN e a cinética da formação dos complexos de pré-
integração evidenciaram a necessidade de descobrir inibidores das ligações do
complexo integrase/ADN. Esta necessidade, permitiu desenvolver o Raltegravir e o
Elvitagravir como inibidores potentes da transferência de cadeias e
consequentemente da replicação viral
in vivo
. Estes fármacos porém, não escapam
aos fenómenos de resistência.
Mais de 40 substituições na integrase foram associadas ao desenvolvimento de
resistência ao Raltegravir e/ou elvitagravir,
in vitro
. Algumas destas alterações foram
também encontradas
in vivo
em doentes com falência terapêutica aos inibidores da
integrase. Os polimorfismos do gene da integrase ocorrem de forma natural,
podendo ter implicações importantes no desenvolvimento de inibidores da integrase.
Foi objectivo deste estudo a determinação da prevalência de polimorfismos em
doentes não tratados com inibidores da integrase e a frequência de substituição de
aminoácidos que ocorrem de forma natural em posições associadas a resistência.
Foram indentificadas as posições polimórficas do gene
pol
da integrase em doentes
não tratados com inibidores da integrase, confirmando-se a ausência de mutações
associadas a resistência nestes mesmos doentes. A percentagem de polimorfismos
variou de acordo com a região analisada, sendo a região C-terminal a mais variável.
A análise mais detalhada do subtipo G contribuiu de forma significativa para
caracterizar os polimorfismos existentes na população de doentes VIH-1
portuguesa. A utilização do índice de Jaccard permitiu de forma inequívoca
demonstrar a associação entre posições polimórficas e verificar como essas
associações poderão evoluir.