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Em termos internacionais, embora pareça haver concordância normativa em

termos do que deve ser o hospital de distrito desde a década de 80, pouco se

tem feito para monitorizar a implementação e desenvolvimento das suas

funções.

Conclusões

Uma das formas das universidades contribuírem para as reformas é pela

criação e organização de conhecimento. Este conhecimento é necessário a

alguns níveis que a seguir se apresentam:

1. Conhecimento sobre financiamento, custos e despesas dos HPR e dos

distritos de saúde. Para fazer convergir os mecanismos de financiamento com

as reformas dos CSP, necessárias para reorientar os sistemas de saúde, para

a “Saúde para todos”, é necessário ter conhecimento de como é feito

actualmente o financiamento dos distritos (que critérios, que quantias, que

processos, que dificuldades) e, dentro dos distritos, dos HPR.

2. Adequação dos meios técnicos aos problemas de saúde e resultados da

intervenção dos HPR. É necessário conhecer e monitorizar os problemas de

saúde dos distritos, os recursos disponíveis, os obstáculos ao acesso aos

cuidados e ao cumprimento da missão dos HPR, documentando a efectividade

da intervenção dos HPR.

3. Papel social e político do hospital. O HPR tem uma função técnica, mas há

outros papéis que estão menos documentados como os papéis social,

económico e político.

4. Arranjos organizacionais no distrito e complementaridade de funções.

Persiste a necessidade de melhor documentar papéis, funções, objectivos e

procedimentos entre as diferentes unidades de saúde do distrito ao nível

distrital. Talvez seja desejável ter soluções distritais de complementaridade

entre unidades sanitárias diferentes, atendendo ao contexto, mas isso deve ser

descrito e avaliado.

5. Processos políticos de implementação dos distritos de saúde / sistemas

locais de saúde.

Há necessidade de identificar as dificuldades de implementação dos HPR e do

distrito de saúde, de analisar e clarificar o conhecimento sobre posições e

actuações dos diferentes actores e interesses.

Em Moçambique, todas as reformas necessárias a melhorar o acesso,

nomeadamente a cuidados de saúde hospitalares, a um nível próximo das

populações e para um conjunto de serviços essenciais, vão exigir aumento de

investimentos externos, reorientações de investimentos internos e

fortalecimento interno nas capacidades de coordenação, negociação e

regulação do Ministério da Saúde Moçambicano.

FÉLIX, Rute Castelo (2011) The role of detoxification in the

mosquito Anopheles gambiae response to Plasmodium infection,

Dissertação de Doutoramento no ramo de Ciências Biomédicas,

especialidade Parasitologia, IHMT, Lisboa.

Resumo:

A malária, uma das doenças mais devastadoras que ocorrem em

África é causada por um parasita do género

Plasmodium

e é transmitida aos

humanos por mosquitos vectores do género

Anopheles

durante a refeição de

sangue. Apesar da resposta do mosquito à infecção por

Plasmodium

ter vindo

a ser intensamente estudada nos últimos anos, as interacções entre o mosquito