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e Povoamento do Vale do Zambeze (1967-1970), quanto o

trabalho da Comissão Orientadora da Investigação Científica

na área a inundar pela albufeira de Cabora Bassa, a partir

de 1969, que abordaram as questões do impacto ecológico

daí decorrentes na saúde mental e física das populações afe-

tadas pela obra mais ambiciosa do colonialismo português

tardio.

Com a análise dos documentos produzidos por aquelas equi-

pas de trabalho, pretendeu-se levantar a hipótese de que, por

essa via, tenha sido aberto o caminho à introdução da Medi-

cina Ambiental em Portugal, isto é, a abordagem dos proble-

mas de saúde pública causados pelas alterações significativas

no meio ambiente, nomeadamente agravando aqueles que

eram objeto da medicina tropical.

Tendo tido o presente artigo um carácter eminentemente

exploratório, sugere-se que em estudos futuros, se tente ve-

rificar: primeiro, a dimensão da implementação dos estudos

preconizados pela Comissão; e, segundo, se o trabalho da-

queles técnicos e cientistas portugueses abriu, efetivamente,

o caminho para uma das atuais “linhas transversais” de in-

vestigação do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, as

“Doenças Emergentes e Alterações Ambientais”. E, assim, a

Medicina Ambiental ter sido introduzida em Portugal, atra-

vés da MedicinaTropical. Na verdade, os estudos de impacto

ambiental provocados por empreendimentos hidroelétricos

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Medicina tropical e ambiente