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A n a i s d o I HM T
Discurso de abertura do
3º Congresso Nacional de MedicinaTropical
Opening speech for the
3º Congresso Nacional de MedicinaTropical
António Rendas
Reitor da Universidade NOVA de Lisboa
Sessão Solene
As minhas primeiras palavras são para saudar, na pessoa
do Professor Paulo Ferrinho, todos os participantes neste
Congresso e também para felicitar o Instituto de Higiene
e Medicina Tropical por mais esta iniciativa agregadora dos
saberes tropicais, na área da medicina e da saúde pública.
Um cumprimento muito especial é devido ao Senhor
Presidente do Conselho Geral que mais uma vez nos
acompanha, com disponibilidade atenta e generoso empenho.
Saúdo igualmente, na pessoa da Presidente, Dra. Ana Jorge,
o novo Conselho do Instituto, bem como os dirigentes dos
órgãos de gestão, recém- eleitos, e desejo-lhes os maiores
sucessos. Para os docentes, investigadores e funcionários do
IHMT os meus calorosos cumprimentos.
Quero, em seguida, saudar os dirigentes das Sociedades e
Associações de Medicina Tropical e o seu presidente, o
Professor Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, bem como os
dirigentes dos Institutos Nacionais de Saúde Pública da CPLP,
que nos honram com a sua presença. Uma saudação muito
especial é devida à recém-indigitada Reitora da Universidade
Agostinho Neto, Professora Maria do Rosário Sambo, com
os votos sinceros de um bem-sucedido mandato.
Saúdo igualmente todos os distintos convidados e desejo-
lhes que se sintam em vossa casa.
Para os membros da equipa reitoral da NOVA e para os
dirigentes das Unidades Orgânicas que se quiseram associar
a esta sessão de abertura, as minhas saudações amigas. Queria
finalmente saudar com igual amizade, e faço-o só agora por
ser da casa, o Doutor Luís Sambo, personalidade conhecida
de todos, que deixou, recentemente, a Direção da Região
Africana da OMS e que é Doutor Honoris Causa pela nossa
universidade.
Permitam-me que vos fale agora, por breves momentos, de
um outro Doutor Honoris Causa da NOVA, o ex-Secretário
Geral da Nações Unidas, Kofi Annan que afirmou na recente
cimeira africana do ensino superior, citando Nelson Mandela:
"A educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo".
Kofi Annan propôs, nessa sua intervenção, três prioridades
para revitalizar o ensino superior em África:
Primeira prioridade
: Usar o poder das parcerias – entre
as universidades e todos os restantes atores: os governos
(nacionais, regionais e locais) e todas as instituições da
sociedade civil (públicas e privadas). Afirmou, a certa altura
que, apesar das dificuldades do ensino primário e secundário
em África, não se deve descurar o superior, sobretudo
numa altura de grande expansão económica africana. Mas
lançou um aviso quanto ao perfil dos graduados que deve ser
adaptado a realidade africana e ter sempre uma componente
vocacional. A procura dessas parcerias, no espaço global,
deve constituir um dos objetivos essenciais das instituições
que fazem parte da CPLP. Em Portugal podem contar com o
IHMT, em particular, e com a NOVA em geral.
Segunda prioridade
: Melhorar os sistemas de recolha e
de análise da informação dizendo, a certa altura: "Governar,
(ou gerir), sem dados (credíveis), é como conduzir um
veículo sem painel de bordo. É urgente que se criem
sistemas de informação fiáveis e credíveis e se partilhem
dados entre as instituições e os decisores políticos e sociais."
Kofi Annan afirmou estar consciente do crescente assumir
destas responsabilidades por parte das lideranças africanas
mas admitiu haver ainda um longo caminho a percorrer face
às grandes assimetrias, de toda a natureza, existentes em
África.
Terceira prioridade:
Preparar melhor os estudantes
e incutir-lhes a responsabilidade de contribuírem para o
desenvolvimento dos seus próprios países. A certa altura
Kofi Annan afirmou: "ninguém nasce um cidadão exemplar,
um democrata impoluto e um líder consciente do seu papel
An Inst Hig MedTrop,Volume 14: 11- 12