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A n a i s d o I HM T

está a conquistar legitimidade na avaliação em saúde, não

apenas aumenta a variedade de formas de conceber e realizar

avaliações, como enriquece um campo ainda recente demais

para optar por um único paradigma ideal de avaliação. [16]

Os mesmos autores referem que, com a diversidade de pos-

sibilidades em avaliação e a sua natureza transdisciplinar, a

escolha do caminho metodológico requer flexibilidade, cria-

tividade e uma cuidadosa análise dos vários métodos disponí-

veis, em coerência com o objecto e os propósitos do estudo

avaliativo e a partir das necessidades dos envolvidos na ava-

liação. O desafio não é tanto recorrer a um ou outro método

mas sim escolher entre o adequado e o relevante [26] – desa-

fios que se abraçam na proposta do presente trabalho.

Importa salientar que este estudo de caso, sendo de abor-

dagem mista e com as características já apresentadas, não

permitirá fazer inferência. Porém, assume-se que ao estu-

dar doentes insuficientes renais oriundos de CV ou doentes

de cardiologia e neurologia pediátrica oriundos da GB não

se ficará detido nas questões relacionadas com as patologias

em si. Estas populações fornecerão dados que permitirão

compreender um fenómeno para além delas mesmas. São as

chamadas condições traçadoras. Estas populações permitir-

-nos-ão ir mais para além da cardiopatia, da neuropatia ou

da nefropatia – permitirão avaliar o processo, perceber a in-

fluência do contexto, analisar como se alcançam objetivos

seguindo normas ou fugindo às mesmas. Em síntese, estas

condições traçadoras permitirão compreender a interven-

ção em saúde em estudo e abrirão portas à possibilidade de

sugestão de boas práticas.

A grande inovação poderá estar na ousadia. Por lado ousadia

metodológica que implicará perspicácia, atenção e criativi-

dade. Por outro lado, avaliar é sempre ousar. Ousar questio-

nar, ousar estudar, ousar ponderar, pensar, analisar. Ousar

por um bem maior, por melhor alocação de recursos, por

mais ganhos em saúde, por maior eficácia. Ousar avaliar para

consolidar políticas.

Fig. 4:

Resultados e discussão

Fig. 5:

Mapa metodológico