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A n a i s d o I HM T

tribuem a sua acentuada antropofilia e elevada capacidade

de adaptação aos ambientes domésticos humanos [23,24].

À semelhança de muitos outros arbovírus, o DENV é geneti-

camente diverso [25]. No entanto, e contrariamente à maio-

ria destes, DENV designa não uma linhagem viral única mas

sim quatro (pelo menos), cada uma delas identificada por

caraterísticas antigénicas distintas. Estas são reconhecidas,

genericamente, como 4 serotipos independentes (DENV1-

4), reunidos, no entanto, num único serocomplexo. Apesar

de, recentemente, ter sido sugerido que vírus detetados em

amostras de sangue colhidas na ilha de Bornéu (Malásia) pu-

dessem corresponder a um novo serotipo do vírus de DENV,

tal facto, permanece por confirmar [26].

Aedes aegypti

e

Ae. albopictus

são consideradas espécies inva-

sivas. Pelo facto de os seus ovos serem capazes de suportar

de dessecação, estes

taxa

têm sido extensamente distribuí-

dos por todo o mundo em associação aos humanos, facto

que também deverá ter estado na origem da introdução

Ae.

aegypti

na Ilha da Madeira. Sendo um mosquito de origem

Afro-tropical, no início do século XX a distribuição deste

mosquito na Europa continental compreendia países como

a França (incluindo a Córsega), a Espanha, Portugal, Itália

(incluindo Sicília e Sardenha), a Grécia (incluindo Creta),

Chipre, e o território da antiga Jugoslávia [27]. No presen-

te, esta espécie encontra-se apenas na ilha da Madeira (Por-

tugal), na Geórgia e no território da Abecásia, ao longo da

fronteira com o sul da Rússia [28,29].A(s) razão(ões) por de

trás da eliminação do

Ae. aegypti

da maior parte da Europa

até ao final da primeira metade do séc. XX permanece(m)

por esclarecer. No entanto, a implementação de inúmeros

Fig. 1

Colheita de Imaturos de

Ae. aegypti

durante o surto de febre

amarela em Luanda, 1971

Fig. 2

Colheita de imaturos de

Ae. albopictus

em Macau, 1998

Fig. 3

Colheita de imaturos de

Ae. albopictus

em Macau, 1998

Fig. 4

Colheita de mosquitos adultos em Portugal, 2004

Fig. 5

Colheitas de

Aedes aegypti

na ilha da Madeira, 2014