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No laboratório de Helmintologia da Unidade de Ensino e Investigação em
Parasitologia Médica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, foi seleccionada
uma linha de
S. mansoni
, resistente a 800 mg/Kg de PZQ, após pressão de fármaco
constante e crescente ao longo de vários ciclos. Para confirmar a existência de
diferenças polimórficas entre a estirpes sensível e resistente de
S. mansoni
, extraiu-
se o DNA de parasitas adultos de ambas as estirpes de
S. mansoni
e analisou-se
por
Random Amplified Polymorphic DNAPolymerase Chain Reaction
(RAPD-PCR).
As diferenças polimórficas entre a estirpe sensível e a resistente foram observadas
e calculou-se o coeficiente de similaridade (
Dice’s coefficient
).
Após confirmar a existência de polimorfismos entre as duas estirpes, a atividade das
bombas de efluxo foi avaliada em ambas as estirpes. A avaliação foi realizada num
ensaio de acumulação usando o composto Brometo de Etídio na presença e
ausência de Verapamil.
O papel das bombas de efluxo na resistência ao PZQ, foi ainda investigado
comparando a resposta dos parasitas da estirpe sensível e resistente ao fármaco na
ausência e na presença de diferentes doses de Verapamil, em cultura
in vitro
.
Os resultados obtidos foram reforçados comparando os níveis e expressão do gene
SmMDR2
em ambas as estirpes isogénicas por Real-Time PCR (qPCR).
A estirpe resistente de
S. mansoni
, necessitou de concentrações mais elevadas de
inibidor quando comparada com a estirpe sensível para obter níveis significativos de
fluorescência de Brometo de Etídio.
A cultura
in vitro
mostrou uma dose letal de PZQ mais elevada na estirpe resistente
do que na estirpe sensível na ausência de Verapamil. Na presença de Verapamil
houve uma redução na dose letal de PZQ nos machos de ambas as estirpes, sendo
esta redução mais acentuada nos machos da estirpe resistente. As fêmeas não
mostraram alterações significativas na dose letal de PZQ na presença e ausência e
inibidor. Os resultados foram reforçados pela observação dos níveis do gene
SmMDR2,
onde os machos da estirpe resistente mostraram ter os maiores níveis de
expressão e pelo aumento de expressão nos machos de ambas as estirpes após
exposição ao PZQ. As fêmeas de ambas as estirpes não tiveram diferenças
significativas na expressão do gene após exposição ao PZQ e as fêmeas da estirpe
resistente tiveram mostraram ter os níveis de expressão do gene
SmMDR2
mais
baixos entre os machos e fêmeas de ambas as estirpes.
Os resultados obtidos neste trabalho mostraram que os machos da estirpe
resistente têm maior atividade de bombas de efluxo do que os machos da estirpe
sensível e que as bombas P-gp estão envolvidas na resposta e no aumento de
tolerância dos machos de
S. mansoni
ao PZQ.
MIXÃO, Verónica de Pinho (2014) Identificação dos mosquitos
vectores dirofilariose canina em Portugal, Dissertação de Mestrado
em Parasitologia Médica, IHMT, Lisboa.
A dirofilariose canina é uma doença de transmissão vetorial, provocada por
nematodes do género
Dirofilaria
. É uma zoonose emergente, que tem vindo a
alastrar por toda a Europa, sendo endémica nos países do Mediterrâneo, como
Portugal. O tratamento pode envolver complicações de saúde para os cães,
levando, por vezes, à sua morte. Desta forma, o controlo da doença passa