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aumento médio de 79% face ao controlo), acompanhada de células murais que
promovem a sua estabilização (com um aumento médio de 50% face ao controlo)
com particular incidência no primeiro período estudado (45 a 55 dias).
GONÇALVES, Daniel (2011) Efeito da Minociclina em Mus musculus
infectados com Trypanosoma brucei brucei, Dissertação de Mestrado
em Saúde Tropical, IHMT, Lisboa
Resumo:
As patologias provocadas tanto em humanos como em outros mamíferos,
pelo parasita hemoflagelado
Trypanosoma brucei
são um verdadeiro flagelo em
África, matando milhares de pessoas e cabeças de gado todos os anos. No caso da
terapêutica humana, todas as drogas foram implementadas em meados do século
XX, sem novas patentes desde 1981. Urge portanto a descoberta de novas
moléculas, que em esquema monoterapêutico ou em associação, possam de
alguma forma intervir no controlo do parasita ou contra a inflamação provocada
pelas sucessivas ondas de parasitémia.
Em estudos anteriores a minociclina, tetraciclina de 2ª geração, provou ser eficaz na
protecção do sistema nervoso central (SNC) de ratos infectados com
Trypanosoma
brucei brucei
(
T.b.brucei
), diminuindo a passagem pela barreira hemato-encefálica
(BHE) de leucócitos e parasitas. No presente estudo, o efeito dessa droga parece
estar relacionado com uma maior resistência à perda de vários componentes
hematológicos como eritrócitos, leucócitos ou granulócitos em amostras de animais
com vinte dias (20 DPI) de progressão de infecção com o parasita. Também as
parasitémias são substancialmente mais baixas (cerca de dez vezes menores) nos
animais tratados em 20 DPI. Em termos das citocinas interleucina 4 (IL-4), interferão
gama (IFN-γ) e óxido nítrico (NO), parece existir um padrão de secreção diferente
nos animais tratados e não tratados. A IL-4 parece neste caso estar associada a um
perfil anti-inflamatório; o NO, importante no controlo do parasita, existe em maiores
quantidades nos animais tratados, ao contrário do IFN-γ com quantidades mais
elevadas nos animais controlos. Esta última citocina está escrita na literatura como
factor de crescimento parasitário.
A expressão de metaloproteinases é aparentemente superior no baço quando
comparada com tecido hepático, contudo sem aparentes diferenças entre os dois
grupos persisitindo um sistema de dupla banda compreendidas entre r de 30 e 40
kDa, valores de massa molecular, na maioria dos animais dos dois grupos. As
metaloproteinases podem se endógenas do hospedeiro, mas com elevada
possibilidade de serem secretadas pelo parasita no seu processo de invasão
tecidular.