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A n a i s d o I HM T

Fig.8 -

Microscópio Zeiss,1898 (IHMT.0000541).

Fig.9 -

MycobacteriumTuberculosis (Diana Machado e Miguel Vivei-

ros – IHMT).

Fig.7 -

Formas, prensas e medicamentos em hóstia. Fim

do séc. XIX, início do séc. XX. (coleção JLD).

O diagnóstico, a vacina

e a antibioterapia

O fim do século XIX e a primeira metade do sécu-

lo XX foi todo um período toldado pelo espectro da

tuberculose, cujo drama se estendeu à literatura, à

música, à pintura e a outras artes, que dela sofreram

uma inegável influência pela permanente angústia que

a doença imprimiu na sociedade.

Poetas e poemas de tuberculose

Em Portugal, a catástrofe da tuberculose no final do sé-

culo XIX impunha ações urgentes – 15 000 a 20 000

pessoas morriam por ano, vítimas da doença. A situação

desencadeou uma série de medidas tendentes a comba-

ter a tuberculose: em 1881 e 1883 Sousa Martins (1843-

1897) coordena, com o apoio da Sociedade de Geografia

de Lisboa, expedições médicas à Serra da Estrela, com o

objetivo de ali se instalarem sanatórios de altitude. Ele

próprio também viria a morrer tuberculoso, em 1897,

sem chegar a conhecer o Hotel dos Hermínios, que a seu

conselho Alfredo César Henriques abriu, em 1899, nas

Penhas da Saúde. A primeira enfermaria para isolamen-

to de tuberculosos abriu no Porto, em 1886. A doença

foi um impulso acrescentado para a abertura do Instituto

Bacteriológico de Lisboa/Câmara Pestana, em 1892, que

desde logo estabeleceu áreas específicas para o estudo da

tuberculose, e depois para a produção da vacina BCG.

O 1.º Congresso Nacional sobre a Tuberculose (1895)

realizou-se em Coimbra, dirigido por Augusto Rocha.

Exposições e apelos em defesa do controlo da doença são