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por acidentes de transporte terrestre em 2014, segun-
do dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/
SUS).
Destacou o Programa Vida no Trânsito, criado em
2010, que se volta à vigilância e à prevenção de lesões e
mortes no trânsito, além da promoção da saúde, e que
foi instituído em resposta aos desafios da Organização
das Nações Unidas (ONU) para a Década de Ações pela
Segurança no Trânsito 2011 – 2020. Quanto aos resul-
tados já obtidos, informou que, de 2010 a 2015, houve
redução de 24% no número de óbitos nos municípios
que executam o Programa Vida no Trânsito (todas as
Capitais do país e mais os municípios de Campinas/
SP, Guarulhos/SP, Foz do Iguaçu/PR e São José dos Pi-
nhais/PR).Além disso, o programa promoveu uma me-
lhor qualificação da informação ao reduzir os aciden-
tes não especificados em 47%. Por último, mencionou
ainda outras iniciativas do Governo Federal que têm se
mostrado importantes na superação da insegurança no
trânsito: a Semana Nacional deTrânsito; o Dia Mundial
Sem Carro; a iniciativa Maio Amarelo; as campanhas
publicitárias por ocasião dos feriados do carnaval; a as-
sinatura do Pacto Nacional pela Redução dos Aciden-
tes de Trânsito, dentre outros. Entretanto, o problema
ainda tem dimensões preocupantes e continua a exigir
esforços dos governos e da sociedade.
Ao final das atividades, o Embaixador Lauro Moreira,
que já ocupou as funções de responsável pela Missão do
Brasil junto à Comunidade dos Países de Língua Portu-
guesa – CPLP, discorreu sobre a importância económi-
ca e cultural da utilização da língua portuguesa nas co-
municações científicas internacionais, louvando os es-
forços empreendidos pela COLUFRAS, com apoio de
organizações como o Instituto de Higiene e Medicina
Tropical, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde
do Brasil – CONASS e a Escola Nacional de Adminis-
tração Pública do Québec, dentre outras, no sentido de
se promover o uso das línguas portuguesa e francesa
nessas comunicações, compartilhando conhecimentos
gerados por profissionais e instituições da lusofonia e
da francofonia.
4.
Conclusões
É patente que a questão da segurança no trânsito é
ainda uma preocupação constante na agenda de todos
os países. Mesmo aqueles que obtiveram sensível
redução no número de acidentes e nas estatísticas de
morbimortalidade delas decorrentes, ambicionam ir
além e aumentar a proteção dos condutores, passageiros
e peões. Nos países em desenvolvimento, como no
caso particular do Brasil, onde em função do elevado
número de veículos e de condutores, associado a fatores
agravantes como a deficiência nos transportes públicos
e as más condições de conservação das estradas, por
exemplo, a mortalidade no trânsito rodoviário exige
que políticas públicas já em vigor sejam fortalecidas
e expandidas, agregando-se a elas estratégias que
permitam lograr êxito no enfrentamento desse
problema em todo o território.
Dentre as diferentes estratégias e ações adotadas pelos
diversos países que compartilharam suas experiências
durante o colóquio, a preocupação com os aspetos
ligados à comunicação afiguram-se como muito
relevantes, com a possibilidade de produzir impactos
positivos sobre a eficácia das ações governamentais e
sobre a conscientização dos cidadãos sobre a importância
de se combater as situações geradoras de insegurança
no trânsito.
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Formação