64
para o mundo inteiro"
1
, trabalho jornalístico sobre a origem
do VIH, publicado no
site
do jornal
Público
para assinalar o
Dia Mundial da Luta contra a Sida, podemos observar que é
composto por cinco "blocos" de informação sobre o mesmo
tema, o VIH. Esta separação foi pensada para que o leitor
pudesse fazer a sua escolha relativamente à subtemática que
desejasse ler. Todos os blocos de informação têm uma nar-
rativa visual distinta e podem ser vistos sem uma sequência
ordenada.
O conteúdo utilizado nessa infografia pode sempre ser atua-
lizado ou melhorado. Como não há limitação de espaço, os
cinco blocos de informação podem aumentar para um nú-
mero superior consoante a necessidade de acrescentar con-
teúdos.
A linguagem gráfica utilizada facilita a comunicação e amplia
o potencial de compreensão por parte dos leitores, permi-
tindo uma visão geral do acontecimento, pormenorizando
informações menos familiares ao público, como é o caso da
explicação do que é o vírus doVIH e como se transmite por
determinadas vias e não por outras.
Na infografia multimédia existem visualizações mais com-
plexas, que exigem competências técnicas mais exigentes
para a sua construção: são as infografias em bases de dados.
Neste caso, o utilizador tem uma nova experiência de inter-
1 - Infografia publicada no jornal
publico.pt.Disponível em
http://www.publico.pt/multimedia/infografia/vih-o-virus-que--apareceu-em-kinshasa-em1920-e-alastrou-para-o-mundo-inteiro153.
pretação, podendo interagir, explorar a informação e ser ele
próprio a personalizar, introduzindo e obtendo dados.
As infografias em bases de dados podem ser originais e di-
nâmicas, permitindo uma maior densidade de informação.
1.3 Notas finais
Nas sociedades modernas estamos rodeados por uma den-
sidade de informação que nos chega através dos diferentes
media
, mas nem toda a informação é compreendida e absor-
vida da mesma maneira pelos cidadãos. Quando se comu-
nica saúde e ciência, quer por meio impresso quer
online
, a
informação visual destaca-se quando o profissional de saúde
ou o cientista pretende chamar a atenção para pormenores
que com texto não seriam tão facilmente explicados. Uma
boa representação infográfica ajuda a organizar o pensamen-
to do leitor, tornando compreensíveis os pormenores que
poderiam passar despercebidos. Ela é a exclusão da opinião
para mostrar o essencial e é o objetivar de uma sequência
narrativa.
Bibliografia
• Cairo,A. (2005)
Sailing to the Future,Infographics in the Internet Era 1.0
, Multime-
dia Bootcamp, University of North Carolina at Chapel Hill.
• Cairo, A. (2008)
Infografia 2.0: visualización interactiva de información en prensa.
Madrid,Alamut.
• Colle, R. (2004) "Infografía: tipologías".
Revista Latina de Comunicación Social
,
58.
Disponível em:
http://www.ull.es/publicaciones/latina/latina_art660.pdf(consultado em 15 de setembro 2015).
• Pablos, J. M. de (1999) (2004)
Infoperiodismo – el periodista como creador de la
infografía.
Madrid, Sínteses.
• Peltzer, G. (1991)
Periodismo Iconografico.
Madrid, Edições Rialp.
• Rajamanickam, V. (2005) Infographics seminar handout. Disponível em: ht-
tps://venkatra.files.wordpress.com/2012/08/infographic_handout.pdf(consul-
tado em 15 de setembro 2015).
• Valero Sancho, J. L. (2001)
La infografia:técnicas,análisis y usos periodísticos.
Barce-
lona, Universitat Autònoma de Barcelona.
Comunicação e os Media