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transversal, desenvolvido no serviço público de atenção básica de Sobral, Ceará, no

ano 2011, em 214 gestantes, amostradas de forma estratificada por unidade de

saúde. Realizou-se uma entrevista com formulário estruturado, e foram coletados os

resultados das análises nos prontuários. A prevalência de flora vaginal alterada foi

de 50,9%, sendo as mais frequentes: vaginose bacteriana (36,4%), candidíase

vaginal (13,6%) e trichomoníase vaginal (0,93%). Os dados apontam elevada

prevalência das alterações de flora vaginal, com os fatores de risco como baixas

condições socioeconómicas, idade, escolaridade e com pouca associação à

sintomatologia, ainda que a sintomatologia referida não se associou ou se associou

de forma inesperada a essas alterações, o que pode ser explicado pela

subjetividade inerente à percepção de sinais e sintomas. Considerando-se as

repercussões maternas e perinatais indesejáveis e a prática laboratorial exequível,

sugere-se promover ações em todos os níveis de atenção, especialmente na

atenção básica, no que diz respeito a estratégias de prevenção e controle da

trichomoníase, que é uma IST, assim como também informações sobre fatores de

risco e auto-cuidado no programa saúde da mulher.

MARQUES, Bertina Antunes (2012) Diagnóstico da tuberculose latente

na região de Almada: comparação dos resultados de utilização do

teste tuberculínico com o teste IGRA, Dissertação de Mestrado em

Saúde Tropical, IHMT, Lisboa.

Resumo

: A tuberculose, apesar de todos os avanços científicos e tecnológicos,

continua a constituir, mais do que nunca, um grave e importante problema de saúde

pública a nível mundial.

1,2

Uma vez infectado por

M.t.

, o indivíduo permanece

infectado durante muitos anos, provavelmente para o resto da vida.

4

Nestes

indivíduos infectados mas saudáveis e assintomáticos, a única evidência de

infecção pode ser um teste cutâneo de tuberculina ou teste interferão-gamma

positivos.

5

Este estudo é constituído por 32 indivíduos, com uma média de idades de 34 anos,

a maior parte dos indivíduos em idade activa.

Da população estudada, 43,8% tinha comportamentos de risco, a maior

percentagem referiu o consumo de tabaco como o principal comportamento de

risco.

Verifica-se que todos os indivíduos com comportamentos de risco tiveram um

resultado positivo no TST (n=14), esse resultado só se manteve positivo em cerca

de 1/3 do mesmo número de indivíduos quando utilizado o teste IGRA.

Os conviventes representam cerca de 2/3 da população estudada (n=19), referindo,

na sua maioria, terem um contacto próximo com o caso índice (n=17). Destes, 14

tiveram contacto com um doente com baciloscopias positivas.