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dimensões aparentemente positivas – como a posse de diplomas superiores e a

eficácia das intervenções – com a associação a um conjunto de áreas de

intervenção que não cobrem a definição internacional da fisioterapia e as

competências dos fisioterapeutas, salientando as fases da reabilitação e prevenção

secundária, sobretudo nas patologias osteo-articulares, cardio-respiratórias e

neurológicas, sobretudo junto dos idosos.

Relativamente à caracterização das práticas profissionais específicas, os médicos

salientam a terapia manual e, como sinal de progresso, o uso de tecnologias,

constituindo-se como um recurso válido, mas cuja recomendação ou prescrição é

pensada como uma segunda escolha, depois ou antes de recorrer à farmacologia

ou em substituição da cirurgia. Para construírem as suas representações, os

médicos socorrem-se da comparação com o padrão da profissão médica e do que a

torna dominante ao expressarem que a fisioterapia actual é científica, tecnicamente

moderna e com validação académica.

Uma das conclusões importantes deste estudo é a de que a disponibilidade de um

reportório positivo para representar os fisioterapeutas não impede, forçosamente,

que estes sejam pensados pelos médicos como um grupo dominado; pelo contrário,

a segurança quanto à sua posição de grupo dominante pode dispensar o recurso a

traços negativos como estratégia de defesa de um estatuto e de um território

exclusivo, para o qual têm contribuído anos de história e a eficácia das medidas

políticas das últimas décadas.

Os resultados deste estudo poderão contribuir para uma compreensão aprofundada

das representações sociais que os médicos possuem acerca da fisioterapia e dos

fisioterapeutas em Portugal

, e da sua potencial influência nos diferentes contextos

de intervenção e nas actuais relações com os médicos.

Manteigas, Paulo (2011) Um ensaio para Estimar o Custo da

Leptospirose na Ilha de São Miguel, Açores, Dissertação de Mestrado

em Saúde e Desenvolvimento, IHMT, Lisboa.

Resumo:

Introdução

:

Na ilha de São Miguel e Terceira

(Arquipélago dos Açores)

tem-se verificado nos últimos anos, uma incidência média anual da ordem de 11,1

casos de Leptospirose por 100.000 habitantes, o que representa um problema

emergente de Saúde Pública, estimando-se com consequências económicas de

grande dimensão. Os custos reais ou aproximados que esta doença acarreta para a

sociedade e para os serviços de saúde nomeadamente ao nível hospitalar, onde se

incidirá o objecto do presente estudo, são até à data desconhecidos em Portugal. O

presente estudo nasce da necessidade de avaliar o peso económico da

Leptospirose nos Açores, a região com mais ocorrência do País, através da

estimativa dos custos da componente hospitalar.