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cional. Neste sentido organizou e promoveu, em 2010,

com a Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde

Coletiva (Abrasco), o "Seminário Nacional sobre Institu-

cionalização da Avaliação em Saúde", que marcou o pri-

meiro ano de funcionamento do Programa da Pós-gra-

duação de Avaliação em Saúde com o Curso de Mestrado

Profissional e lançou, no mesmo ano, o livro "Avaliação

em Saúde: bases conceituais e operacionais" (Medbook,

2010). Nessa mesma linha de publicações, lançou neste 1º

encontro o seu segundo livro sobre o tema: “Desafios na

Implantação de Programas”, inaugurando a série: “Forma-

ção Profissional e Avaliação em Saúde” (Medbook, 2015),

mantendo a conceção multidisciplinar, ao sistematizar

pressupostos teóricos, metodológicos e explorar evidên-

cias resultantes da produção coletiva de seus alunos de

Pós-Graduação.

Sem pretender esgotar a riqueza das apresentações desse

1º encontro que contou com a participação de docentes,

pesquisadores e gestores, é importante destacar que ele

proporcionou, a partir de diferentes experiências, a refle-

xão sobre a necessidade que nos resultados gerados pelas

pesquisas devam ser avaliadas, não apenas as informações,

analisando-as segundo o tipo de impacto, área temática,

grau e utilidade que possam vir a ter, mas também, for-

mas de comunicação adequadas para que os decisores de

políticas possam aplicar o conhecimento apreendido fa-

zendo face às suas necessidades.

A problematização dessa questão foi impulsionada pelas

diferentes exposições em que se destacam abordagens so-

bre Investigação Participativa Baseada na Comunidade e o

papel das Redes de Investigação na translação do conhe-

cimento com as experiências em curso no IHMT, Centro

de Pesquisas René Rachou (CPqRR) e no Laboratório de

Avaliação de Situações Endémicas Regionais (LASER) da

Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, ambas

unidades da Fiocruz no Brasil.

Por outro lado, vale também a pena lembrar novas con-

tribuições para o fortalecimento do aporte metodológico

nas pesquisas avaliativas e o aprimoramento da avaliação

como instrumento ou mecanismo de apoio à gestão em

saúde, como é o caso dum projeto realizado em Moçam-

bique por uma aluna do Doutoramento em Saúde Inter-

nacional do IHMT e outros conduzidos por pesquisadores

em mobilidade das Universidades Federais brasileiras dos

estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Norte.

De igual relevância foram também as apresentações de

pesquisas multicêntricas nacionais e internacionais feitas

pelo Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM/Fio-

cruz) e pelo Grupo de Estudos de Gestão e Avaliação em

Saúde do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando

Figueira (GEAS/IMIP), ambos localizados no estado de

Pernambuco.

A professora Zulmira Hartz encerrou o evento com

uma breve nota sobre “Avaliação baseada na equidade

em Saúde Global: orientação sistémica para a gestão de

conhecimento no IHMT”, valorizando a necessidade de

se trabalhar na perspetiva da integralidade das pessoas,

submetidas a múltiplos riscos e “aflições”, mas atendidas

por intervenções programáticas isoladas e, muitas vezes,

também pesquisas avaliativas fragmentadas, ignorando as

sinergias dos seus riscos de vida e morte.

À guisa de conclusão fica aqui o convite para degustarem

a leitura dessas e outras apresentações, neste suplemento

dos Anais de nosso 1º Encontro (na certeza que outros se

seguirão), e a expectativa de que o IHMT continue in-

centivando ativamente, como o fez nestes últimos cinco

anos, a interlocução e a troca de experiências entre espe-

cialistas, consultores e alunos de avaliação em saúde, com

destaque para a implementação de processos de formação

que vêm contribuindo com a instrumentalização da quali-

ficação técnica para formulação, gestão e aperfeiçoamen-

to das políticas públicas nos sistemas de saúde lusófonos.

Editorial Convidado