Table of Contents Table of Contents
Previous Page  132 / 138 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 132 / 138 Next Page
Page Background

132

Magnífico Reitor da Universidade NOVA de Lisboa – Professor

DoutorAntónio Rendas;

Excelentíssimo Senhor Diretor do Instituto de Higiene eMedici-

naTropical/UNL – Professor Doutor Paulo Ferrinho;

Excelentíssima Senhora Presidente do Conselho Cientifico do

Instituto de Higiene e Medicina Tropical/UNL – Professora

Doutora Lenea Campino;

Excelentíssimo Senhor Presidente do Conselho Pedagógico do

Instituto de Higiene e MedicinaTropical/UNL – Professor Dou-

tor MiguelViveiros;

Excelentíssima Senhora Subdirectora do Instituto de Higiene e

MedicinaTropical/UNL – Professora Doutora Zulmira Hartz;

Senhores Representantes dos Alunos do Instituto de Higiene e

MedicinaTropical/UNL;

Ilustres Convidados;

Prezados colegas, docentes e investigadores;

Caríssimos estudantes do Instituto de Higiene e Medicina Tro-

pical/UNL;

Minhas Senhoras e meus Senhores.

Quando recebi o convite para tão marcante acontecimento, es-

tremeci incrédulo. Falar para gente douta de doutas coisas era

coisa que não estava na minha perspetiva. Só poderia ser um

equívoco... Na realidade, se este convite constituiu para mim

uma surpresa mas, igualmente, uma honra e um privilégio, por

outro lado, alertava-me para a responsabilidade que teria de

arcar por aceitar o convite que me estava a ser dirigido. Ainda

incrédulo tentei recompor-me. Restabelecido, mas com dúvi-

das, decidi aceitar o convite, consciente contudo que a minha

participação sempre ficará aquém do que gostaria de transmitir.

Daqui o ficar, de imediato, sujeito a não atingir os propósitos dos

que tão confiantemente me convidaram.

Mas, e antes de mais, consintam-me que, primeiramente, cum-

primente de um modo amigo e fraterno o Magnífico Reitor

da Universidade NOVA de Lisboa, Professor Doutor António

Rendas, ilustre docente, investigador e gestor e também meu

dileto amigo, com quem tive a oportunidade de muito apren-

der. Recordo-me por exemplo, que foi com ele que consolidei

a ideia de que havia de se proceder a profundas mudanças no

sistema de ensino-aprendizagem, fazendo-o recair no aluno ao

invés do que acontecia (ou ainda acontece), que era (ou é) o do

ensino-aprendizagem centrado no professor.

De seguida, consintam-me igualmente remeter um agrade-

cimento muito especial ao Professor Doutor Paulo Ferrinho,

Distinto Diretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical,

meu colega e também amigo, pelo convite para dirigir algu-

mas palavras nesta Sessão de "Abertura Solene do Ano Lectivo

2015/2016", permitindo deste modo uma ocasião impar de

poder compartilhar convosco algumas ideias e sentimentos.

E, finalmente, para todos os restantes presentes uma saudação

amiga com um abraço caloroso vindo das quentes zonas tropi-

cais, com uma solicitação antecipada de terem paciência para

me escutar.

Minhas Senhoras e meus Senhores,

Hoje, e uma vez mais, nesta augusta sala, se inicia uma sonhada

e árdua caminhada para a aquisição de um conjunto de conhe-

cimentos, conhecimentos esses que pretendemos suficientes (e

quando é suficiente o conhecimento?...) para que nos aprovisione

de informação e modos racionais que permitam fornecer a nossa

contribuição para a solução de problemas de gentes outras que,

mesmo distantes e desconhecidas, nos estão intrinsecamente li-

gadas pela solidariedade e humanidade, pois de Homens se trata.

Hoje, e uma vez mais, nesta sala, com as riquíssimas experiências

adquiridas, se começam e recomeçam, mais criativamente, mais

consolidadamente, mais seguramente, os desígnios do Instituto

de Higiene e MedicinaTropical, que remontam aos anos de 1902

com a Escola de MedicinaTropical, cuja finalidade já era proceder

à formaçãomédica para, através do estudo clínico e experimental,

melhor entender e atuar sobre as doenças tropicais.

A criação do Instituto de Higiene e MedicinaTropical obedeceu,

naturalmente, à imperiosa necessidade de enfrentar uma outra

realidade menos conhecida oumesmo desconhecida, como conse-

quência lógica da expansão territorial colonial, principalmente no

chamado Ultramar português. Esta expansão, resultando em con-

tatos com Homens de diferentes geografias, ambientes e culturas,

exigia naturalmente outros e mais diferenciados conhecimentos.

Era imperioso ver mais, aprender mais, saber mais, desses outros

lados a que se ia chegando.E,numdesses lados ficavamos trópicos.

OsTrópicos geográficos, osTrópicos reais, osTrópicos no sentido

lato. Era pois imperativo e necessário conhecer-se a realidade, a

nova realidade.DiziaAlbert Einstein a propósito do conhecimento

científico e realidade: "

Toda a nossa ciência,comparada com a realidade,

é primitiva e infantil – e, no entanto, é a coisa mais preciosa que temos

".

Por esta preciosidade mas, agora, com modernidade, o Instituto

de Higiene e MedicinaTropical junta docentes, técnicos e alunos

nesta incessante e indispensável aprendizagem para obter resulta-

dos de qualidade. Na verdade, só com qualidade se coletarão, no

quotidiano, as autênticas, as exatas e as justificadas consequências

com vista às justas e oportunas soluções que, portanto, irão trazer

comprovados benefícios para o Homem do presente e do futuro.

Na realidade, e para quem tem dedicado grande tempo da sua

vida ao processo de ensino-aprendizagem, como muitos de nós,

já nos apercebemos, numa crescente escalada consciente, de que

é sempre muito mais importante o que se aprende do que aquilo

que se ensina. E a este propósito gostaria de citar um amigo e um

profundo pensador, oArquiteto José Forjaz, que refere que deve-

mos "

Aprender todos os dias,aprender em todas as ocasiões,aprender sem

razão ou motivo oportunístico.Aprender tudo,de todos,sem outra razão que

não seja,sempre,a da alegria de aprender.É isso que uma universidade deve

ser:uma máquina de ensinar a aprender

."

Escrevi um dia que: "Um futuro é, normalmente, uma conse-

quência de um sonho. De sonho presente ou de um sonho pas-

sado.Mas, normalmente, de um sonho. Na verdade, estes sonhos

que se sonham, elegem as forças e as energias que acalentam as

esperanças que determinam mudanças e, deste modo, progres-

so. E, são precisamente essas esperanças que nos fazem voar, no

etéreo pensamento, rumo ao futuro. Richard Bach, na sua bela

Cerimónia de Abertura