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Verme da Guiné,. Fotografia
Fotografia do arquivo do IHMT
representando o verme da Guiné
(
Dracunculus medinensis
, "pequeno dragão de Medina"), o nematode
causador da Dracunculose, parasitose que infecta o homem.
A doença resulta da ingestão de água contaminada por pequenos
Cyclops,
pulgas da água com 1 a 2mm, infestados por larvas do parasita.
O verme migra depois no tecido subcutâneo humano, atinge o estado
adulto e acaba por provocar uma úlcera e emergir na pele, libertando
milhares de larvas em estadio inicial, que se deslocam na água e serão
ingeridas pelas pulgas.
A fêmea adulta do nematode, com 1 a 2 mm de espessura, pode atingir 80
cm de comprimento (na fotografia com 49,5 cm), mas o verme macho é
bastante mais pequeno
–
cerca de 3 cm.
A doença está descrita no Papiro de Ebers (c.1550a.C.) e vermes calcificados
foram encontrados em múmias egípcias.
A designação de “verme da Guiné” aparece só nos séculos XVI
- XVII,
quando os europeus o encontraram parasitando as populações da costa
ocidental de África.
Estima-se que, em 1986, existiriam 3,5 milhões de humanos infetados pela
Dracunculose, sobretudo na Ásia e África, com alguns casos esporádicos
na América do Sul. Devido aos cuidados de higiene e à prevenção,
sobretudo a ingestão de água potável (ou filtrada), a infestação humana
diminuiu significativamente em mais de 90%. Em 2013 foram assinalados
apenas 148 casos e só umas dezenas de notificações foram reportadas
em 2017, no Sudão do Sul, Etiópia, Mali e Chade.
Sendo considerada uma das doenças tropicais negligenciadas, é
expectável que a Dracunculose venha a ser a primeira doença parasitária
globalmente erradicada. Porém, o aparecimento dum verme similar
parasitando cães e gatos desencadeou novos estudos com investigações
recentes.
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75 - Peça do Mês: Maio 2019
Data
c.1952
Dimensões
A 8.5cm X L.12cm
Inventário
Museu:
IHMT.0001038