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A área envolvente é ajardinada e junto à fachada posterior passa uma via rodovi-
ária. A base da maqueta possui inclinação, reproduzindo a topografia do terreno.
A maqueta, cujo autor se desconhece, foi apresentada na
Exposição Documen-
tal das Actividades Sanitárias do Ultramar
, em 1952. Todavia, deverá ter sido feita
para a Exposição
Construção nas Colónias Portuguesas: realizações e projectos
,
que teve lugar no Instituto Superior Técnico, em novembro de 1944.
Alçado principal e planta do 1.º piso
(abril 1937)
(Arquivo Histórico Ultramarino)
O projeto desta maternidade, também conhecida como Maternidade Indígena,
teve duas versões, com autoria do arqº. Jorge Silva, da Repartição dos Serviços
de Obras Públicas de Angola. A primeira versão data de abril de 1937 e é a que se
representa na maqueta. A segunda versão, que corresponde ao que foi construí-
do, data de junho de 1937. Estes projetos estão atualmente no Arquivo Histórico
Ultramarino, em Lisboa.
Coube à Instituição de Assistência às Crianças Indígenas, que iniciou a suas
atividades em novembro de 1935, a promoção desta iniciativa.
O edifício apresenta uma organização planimétrica simples, em muito deter-
minada pelo cumprimento do programa funcional que se desenvolve segundo
um eixo longitudinal. A entrada, marcada por seis colunas de forte expressão,
integra um corpo perpendicular que comporta os acessos verticais. O uso de
betão armado possibilitou a afirmação de uma expressão de caráter modernista,
acentuado pela horizontalidade conferida pelas varandas do primeiro piso, onde
as únicas concessões decorativas parecem ser a platibanda no corpo de entrada
e o desenho de algumas caixilharias.
Desconhece-se a data exata de conclusão da obra, mas a cerimónia com des-
cerramento da lápide com o nome de Maria do Carmo Contreiras Vieira Machado
ocorreu em setembro de 1938, aquando da viagem do presidente António Óscar
Fragoso Carmona a São Tomé e Príncipe e a Angola que, na comitiva presidencial,