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Ainda nesta face inferior, sobre o engradado de madeira, a inscrição “Cx 17”,

identifica o acondicionamento da maqueta para a viagem até Lisboa, destinada à

Exposição Documental das Actividades Sanitárias do Ultramar

, em abril de 1952,

quando da realização do I Congresso Nacional de Medicina Tropical, que come-

morou o cinquentenário do ensino institucionalizado da medicina tropical.

Não são conhecidas nem a localização exata desta maternidade, nem as datas,

quer do seu projeto, quer da sua construção. A indicação de Marracuene refere-

-se ao distrito e não à atual localidade homónima, designada como Vila Luísa até

à independência de Moçambique, em 1975.

A maqueta representa uma unidade sanitária com similitudes, quer quanto à or-

ganização geral, quer quanto à configuração dos edifícios principais, com as for-

mações sanitárias implementadas em Moçambique a partir da década de 1930,

na sequência dos planos formulados pelo médico Francisco Ferreira dos Santos,

em 1923. Cada maternidade resultava da associação de diversos elementos,

determinados em função da população e da capacidade pretendida para a es-

trutura. Neste caso, comportaria o edifício principal, o reservatório de água, dez

quartos/habitações para indígenas, a cozinha e a lavandaria. A adoção de “cuba-

tas” individuais/unifamiliares, destinadas à hospitalização, procurava conciliar a

integração da população indígena, proporcionando-lhe um ambiente análogo ao

do seu quotidiano, juntando a família, e promovendo também baixos custos de

manutenção, já que se evitavam maiores despesas quer na vigilância das mulhe-

res internadas quer na confeção dos alimentos.

Desconhece-se o estado atual desta maternidade, que provavelmente desa-

pareceu.

Face inferior da base da maqueta, com as inscrições relativas

aos autores e à data da execução